7.9.11

Darker Pathways (12/16)



TítuloCaminhos Obscuros
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17
Nota das autoras: Essa fic é um universo bem alternativo da terceira temporada em diante, o último evento da série usado é a explosão do esconderijo para onde Chloe e Gabe foram levados após o julgamento de Lionel, embora tenhamos utilizado alguns eventos de outras temporadas.
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Capítulos anteriores: prólogo - um - dois - três - quatro - cinco - seis - sete - oito - nove - dez - onze




Ele estava com sua roupa de Arqueiro Verde quando chegou até o apartamento de Chloe naquela noite, pouco depois do sol se pôr. E ele pousou no telhado do outro lado da rua a tempo de vê-la saindo. Suspirou suavemente enquanto a observava caminhar pela calçada, afastando-se de seu prédio. A mulher era um imã para problemas - em mais de um jeito, ele pensou - e ela insistia em caminhar pra todos os lugares depois que escurecia. Ele imaginou se ela intencionalmente se colocava em perigo, ou se alguma parte dela sabia que ele a estava observando.

Passando uma mão pelo rosto, ele pulou de telhado em telhado silenciosamente enquanto ela andava, e não ficou muito surpreso em vê-la indo na direção da LuthorCorp. Ele franziu um pouco as sobrancelhas enquanto assistia do telhado em frente, seu coração batendo rápido contra o peito.

O fato de ninguém ter aparecido para confrontá-lo sobre sua dupla identidade só servia para confirmar sua crença - que ela não ia entregá-lo a Lex. Ou a qualquer outra pessoa.

Ele se agachou, observando enquanto ela usava o cartão de segurança e entrava no prédio escuro e vazio.

O que, ele se perguntou com a testa franzida, ela está armando agora?

Chloe não queria levantar suspeitas enquanto caminhava até a LuthorCorp, ela sabia que Lex estava ocupado com um evento esta noite, um que ela não tinha sido convidada e sabia que essa era sua única chance.

Ela tinha passado os últimos dias estudando a pesquisa dele e percebeu que ela fazia uma ideia de onde encontrar os prisioneiros em que ele vinha fazendo experimentos.

Quando seu pai estava vivo, ele tinha lhe contado as histórias sobre a existência de um nível 3 em Smallville, e isso acabou se revelando uma verdade. Ela tinha voltado e pesquisado as plantas de todas as instalações da LuthorCorp e a documentação da instalação dos elevadores das torres da LuthorCorp chamou sua atenção. Cinquenta e dois andares, um a mais do que havia na realidade.

Chloe olhou ao redor para garantir que não estava sendo seguida e entrou no elevador, ela usou a chave de emergência, uma cópia da chave de Lex, e então começou a tentar todos os números em que havia o três, procurando por botões escondidos no painel.

Nada aconteceu. Nada até ela chegar ao trinta e três. Bem ao lado do botão, quando ela pressionou o painel, um novo botão acendeu, ficando assim escrito 33.1.

Seu coração disparou quando o elevador começou a se mover, sabia que tinha encontrado alguma coisa, alguma coisa grande, e estava prestes a descobrir o que era exatamente.

Dentro de segundos, Oliver confirmou com Victor que o sistema de alarmes estava desativado e entrou no prédio pela escada de incêndio, subindo dois degraus de cada vez até parar no andar trinta e três. Ele prendeu a respiração e abriu a porta entrando no escuro corredor.

Chloe caminhou devagar pelo corredor, cela após cela, cada vez que reconhecia um nome, tudo ficava pior. Ela não conseguia acreditar que esteve tão cega por tanto tempo. Não podia acreditar que ele estava fazendo isso com pessoas que ela conhecia, bem debaixo de seu nariz. E ela não fazia ideia de como começar a pará-lo, ia ter que fazer isso sozinha porque Lex provavelmente ia matá-la quando descobrisse, e ela não podia arriscar a vida de mais ninguém.

"O que você está fazendo?" A voz distorcida enquanto ele parava no final do corredor onde ela estava.

Ela congelou completamente, seus olhos arregalados enquanto se virava, coração disparado contra o peito. "Vai embora daqui."

"Não sem você", ele a informou, balançando a cabeça e movendo-se na direção dela lentamente.

"Se ele te pegar aqui, vai te matar", ela disse, sua mandíbula travando. "Vai embora."

"E o que você acha que ele vai fazer com você?" ele respondeu, olhando para o lado e parando, ficando em silêncio.

"Você está vendo o que é isso?" Ela perguntou, mandíbula travada. "Se você quer que eu coloque um fim nisso, vai embora agora. Deixa que eu cuido disso."

"Chloe." Sua voz era tão baixa que nem o distorcedor pegou. Ele olhou para a placa com o nome na porta, seu rosto sem cor.

Ela estreitou os olhos e hesitou por um segundo, então começou a andar até onde ele estava, seu estômago apertado enquanto seguia o olhar dele para o nome na porta, paralisando completamente quando leu.

O coração de Oliver estava batendo rápido no peito enquanto olhava pela janela para a mulher dentro da sala, deitada imóvel na cama.

Os olhos de Chloe se encheram de lágrima instantaneamente enquanto dava um passo à frente, estendendo a mão até a janela e olhando para dentro. "Mãe", ela sussurrou, nem mesmo percebendo que tinha falado em voz alta. Sua cabeça estava girando enquanto ela tentava aceitar que de algum jeito, a mulher que ela não via há tantos anos tinha acabado aqui, como um dos experimentos de Lex.

O peito dele apertou ao sussurro e ele estendeu a mão até o ombro dela. "Sai daqui." Ele estendeu a mão até o cinto de utilidades e pegou um jogo de chaves. "Meu apartamento fica no alto da Torre do Relógio. Te vejo lá daqui a pouco."

"Eu não vou deixá-la aqui", ela disse, afastando-se dele enquanto tirava o casaco e envolvia a mão, pronta pra socar o vidro da cela em que sua mãe estava.

"Chloe, olha pra mim." Ele colocou as mãos nos ombros dela. "Eu vou tirá-la daqui, certo?"

Ela olhou pra ele, seus olhos grandes e embora tentasse mascarar suas emoções, o medo e confusão eram claros desta vez. "Eu não vou embora, ele vai pegar você."

"As câmeras de segurança do prédio foram desligadas. Mas não temos tempo pra discutir." Suspirando suavemente, ele pressionou o comunicador no ouvido. "Impulse, eu preciso de você na minha localização."

Chloe mal tinha aberto a boca e fechou novamente, seus olhos arregalando quando sentiu um vento forte e de repente um homem vestido de vermelho apareceu do nada.

"O que você precisa, Chefe?" Bart perguntou, olhando pra ele, e então pra ela.

Oliver abriu a porta para o quarto de Moira Sullivan. "Eu preciso que você leve esta mulher para o meu apartamento. E então eu preciso que você volte pra pegar a filha dela." Ele olhou por sobre o ombro para Chloe.

Bart mal assentiu antes de pegar a mulher e desaparecer com ela.

Chloe ficou apenas olhando pra eles durante toda interação, saber sobre os mutantes e ver um trabalhando com Oliver eram duas coisas diferentes.

Ele se virou para olhar pra ela. "Eu sei que você não gosta de mim. E eu sei que eu estraguei tudo em relação a você, mas eu preciso que você confie em mim por alguns minutos. Tudo bem? Só por alguns minutos." Ele olhou pra ela atentamente.

Ela engoliu em seco e permaneceu em silêncio em seguida assentindo levemente enquanto olhava de volta para o quarto agora vazio. "Eu só quero acabar com isso."

"Nós vamos", ele disse baixinho, assentindo.

Chloe respirou fundo e engoliu em seco assentindo levemente mais uma vez quando o vento forte a atingiu novamente.

"Sua vez?" Bart ofereceu, estendendo uma mão pra ela.

Oliver assentiu pra ele. "Eu encontro vocês lá." Ele olhou para Chloe mais uma vez.

Chloe hesitou por um segundo então respirou fundo e pegou a mão do homem, um segundo depois, ela sentiu braços ao redor dela e os arredores começaram a ficar borrados.

Bart lhe ofereceu um sorriso quando a soltou um momento depois, parando no meio do apartamento de Oliver.

Assim que a sala parou de girar e ela conseguiu se equilibrar, seus olhos caíram em sua mãe instantaneamente, seu estômago apertando enquanto via o corpo inconsciente. "Você deveria ir ver se ele está bem, Lex pode estar a caminho", ela disse ao homem e o viu desaparecer mais uma vez. Sem perder mais tempo, ela correu até o lado de sua mãe e colocou os dedos no pulso em sua garganta, aliviada ao senti-lo normal, constante e a pele quente sob seu toque.

Momentos se passaram, e de repente houve uma explosão que pôde ser ouvida no centro de Metrópolis, fogos atingindo o céu e segundos depois, Oliver e Bart apareceram no apartamento da Torre do Relógio.

Oliver tirou o capuz e os óculos, colocando-os na mesa perto do elevador enquanto olhava para onde Chloe estava.

Chloe estava sentada ao lado do sofá, seus dedos envolvidos na mão de sua mãe enquanto falava com ela baixinho, mas quando uma grande explosão sacudiu o prédio, ela paralisou e não se mexeu novamente até os dois homens entrarem no apartamento. "O que foi isso?"

Ele olhou para Bart, que estava olhando incerto pra ele. "Vai e recarregue", ele disse baixinho. "Acho que vamos precisar de você logo." Então ele prendeu a respiração e se virou para olhar pra Chloe. "Isso foi a LuthorCorp sendo explodida."

Bart assentiu e mais uma vez, desapareceu.

Chloe se levantou, olhos arregalados. "O quê?"

Oliver ergueu as sobrancelhas pra ela. "Tiramos todo mundo em segurança. Ninguém se feriu", ele a informou.

Ela olhou pra ele por todo um momento, sua cabeça girando mais uma vez. Ela tinha passado quatro anos tendo completo controle de cada detalhe em sua vida e parecia que desde que Oliver apareceu, ela não tinha controle de mais nada. "Você fez isso?"

"É o que temos feito", ele disse a ela, abrindo o colete e indo para sua sala secreta, apertando um botão e esperando a porta se abrir.

Ela arregalou os olhos ainda mais enquanto o observava. "Você precisa ir embora, desaparecer", ela disse, seu coração batendo rápido.

Oliver balançou um pouco a cabeça, entrando na sala. "Isso não vai acontecer." Ele começou a trocar de roupa, tirando o uniforme e vestindo uma camiseta e um jeans.

Chloe também balançou a cabeça. "Ele vai saber, Oliver e ele vai vir atrás de você."

Ele saiu da sala mais uma vez, assentindo. "Sim. Ele vai. Deixa ele vir." Sua mandíbula travou.

"Ele vai te matar, Oliver", ela disse, seu rosto ficando sério. "Eu não posso deixar isso acontecer."

"Ele não vai", ele disse, balançando a cabeça enquanto ia na direção dela. "Ele pode tentar, mas não vai conseguir."

"Você não o conhece como eu", ela disse, dando um passo na direção dele. "Ele não vai hesitar, Oliver."

"E nem eu", Oliver respondeu olhando de volta pra ela.

Chloe travou a mandíbula enquanto olhava pra ele. "Eu posso ajudar."

Ele procurou seus olhos. "Ok", disse um momento depois.

Suspirando profundamente, ela assentiu e se virou. "Eu não posso levá-la para o meu apartamento, eu não entendo porque ela está inconsciente. É como se ela estivesse em coma, a respiração dela está normal, o coração também."

Oliver hesitou por um momento, então gentilmente descansou a mão no ombro dela. "Eu tenho um médico que cuida das pessoas que libertamos dos laboratórios do Lex, eu vou trazê-lo até aqui." Sua voz era baixa.

Ela passou os braços ao redor de si mesma, mantendo os olhos em sua mãe. "Você sabia?"

"Sobre sua mãe?" Ele franziu as sobrancelhas.

"Sim", ela disse, olhando pra ele por sobre o ombro. "Você sabia que ela estaria lá quando me deu os arquivos?"

"Não", ele disse honestamente. "Eu não tinha ideia de onde sua mãe estava, ou de qualquer coisa sobre ela, de verdade."

"Então por que você está se encontrando com Lois?" Chloe perguntou, olhando para sua mãe novamente.

Ele prendeu a respiração e expirou lentamente, correndo uma mão pelo cabelo. "Porque eu achei que se alguém podia me falar alguma coisa sobre Chloe Sullivan, seria a prima dela", ele disse suavemente.

Chloe suspirou profundamente e balançou um pouco a cabeça. Normalmente ela discutiria, mas não tinha energia, não agora, não com tudo que parecia estar acontecendo de uma vez só. Ela voltou lentamente para o sofá, mantendo os olhos em sua mãe. "Quando você acha que o médico vai poder dar uma olhada nela?"

"Eu posso trazê-lo aqui em menos de uma hora", ele disse suavemente, observando-a com preocupação. "Você uh- eu poderia fazer um chá", ele ofereceu. "Ou uma sopa, se você quiser."

Ela balançou a cabeça e voltou para a posição que estava no sofá, segurando a mão de sua mãe novamente.

Oliver pegou um cobertor no sofá e gentilmente cobriu a mãe dela. "Se vale de alguma coisa, eu realmente sinto muito", ele sussurrou.

"Pelo quê?" Ela perguntou sem olhar pra cima.

"Por tudo", ele disse baixinho. "Por Lex estar fazendo isso pra começar. Por você descobrir sobre sua mãe desse jeito." Ele parou, olhando pra baixo por um momento. "Pelas coisas que eu disse na outra noite."

"Você não tem que se desculpar por nada." Ela falou baixinho.

Ele sentiu o peito apertar um pouco e simplesmente assentiu. "Eu vou ligar para o Dr. Hamilton, e pedir pra ele vir pra cá." Ele lentamente saiu da sala e foi na direção da cozinha.

Chloe não respondeu, ela olhou para sua mãe por um momento então, hesitantemente, estendeu a mão e roçou os dedos no cabelo dela. Tinha desistido de procurar por ela na mesma época que seu pai morreu. Se ela não tinha procurado por ela naquele momento, ela achou então que não tinha mais nada nesse mundo que pudesse fazê-la querer fazer parte de sua vida novamente. Mas todos esses anos, todo esse tempo que ela pensou que sua mãe tinha ido embora porque ela simplesmente não era uma boa filha, ela estava errada. Talvez sua mãe estivesse em perigo durante todo o tempo e ao invés de procurar por ela e ajudá-la, Chloe tinha simplesmente ignorado sua existência. Ela não podia deixar de imaginar durante quanto tempo ela esteve embaixo do seu nariz e que tipo de coisas Lex vinha fazendo com ela.

Ela também não podia deixar de imaginar sobre o que mais estaria errada. Desde a morte de seu pai, vinha vivendo como se estivesse tudo resolvido, mas os últimos dias provaram que ela não poderia estar mais errada. Ela tinha escolhido desistir de Clark porque estar perto dele doía, ele era só outra pessoa para quem nunca seria boa o suficiente. Mas tinha escolhido desistir de Lois porque achou que estava protegendo a única família que tinha lhe sobrado e esse obviamente não era o caso.

Ela também tinha sua opinião formada tanto sobre Oliver Queen quanto sobre o Arqueiro Verde e agora que sabia que os dois eram a mesma pessoa, não podia realmente começar a pensar em quem ele realmente era.

Durante quatro anos, ela achou que estivesse no controle, de tudo, e agora que sabia que estava se enganando o tempo todo com esse senso de segurança, não tinha ideia do que fazer, do que pensar, de onde ir daqui. Ela tinha decidido derrubar o projeto de Lex sozinha, sem deixar ninguém se envolver e potencialmente ser ferido, mas também não tinha sido rápida o suficiente e se fosse honesta com si mesma, não podia ter certeza de que seria o suficiente para começar.

Havia tanta coisa pra ver, pra entender, mas ela não fazia ideia de por onde começar.

Ela não se sentia tão perdida assim, tão sobrecarregada assim desde o dia em que perdeu seu pai.

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4 comentários:

  1. Putz... cada capítulo dessa fic é uma emoção, Jesus... por essa eu não esperava, coitada da Chloe, ainda bem que o Ollie está ali pra ajudar...

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  2. Do lex não da pra esperar coisas boas, mas logo a mãe da Chloe? Pelo menos agora de uma vez por todas ela abre os olhos.
    Vilm@

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  3. Ai pobrezinha... Fiquei com pena dela agora...
    Encontrar a mãe nessa circunstância, e perceber que tudo que ela 'sabia' até agora era mentira...
    Passa logo pro lado do Ollie, Chloe! huahauhauaha

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  4. chegou a tristeza...
    to muito ansiosa para o embate com Lex
    Será que vai ter?? Prometi que não vou ler

    meuh eu to fanficando a fanfic... isso é doença

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