25.8.11

Darker Pathways (7/16)



TítuloCaminhos Obscuros
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17
Nota das autoras: Essa fic é um universo bem alternativo da terceira temporada em diante, o último evento da série usado é a explosão do esconderijo para onde Chloe e Gabe foram levados após o julgamento de Lionel, embora tenhamos utilizado alguns eventos de outras temporadas.
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Capítulos anteriores: prólogo - um - dois - três - quatro - cinco - seis




Chloe tinha ido ao Reggis, uma churrascaria que ficava a menos de um quarteirão das torres da LuhtorCorp em Metrópolis para uma reunião de negócios com Lex e alguns investidores franceses. O jantar tinha se tornado um evento de quatro horas e era quase meia-noite quando ela estava voltando. Lex tinha ido embora com os investidores para se divertir e ela foi deixada sozinha já que não tinha nenhum desejo de acompanhá-los nesse particular momento da noite.

Era uma noite de março relativamente quente e a caminhada não era nem um pouco ruim.

Três homens parados na entrada de uma viela, fumando, observaram enquanto ela passava por eles, e um deles assobiou pra ela. "Ei, docinho", chamou outro.

Ela revirou os olhos e continuou andando, ignorando os homens mas procurando a pequena arma que carregava sempre na bolsa.

"Quer fazer uma festinha com a gente, baby?" o terceiro perguntou enquanto começavam a segui-la.

"Sai fora", Chloe murmurou, fechando os dedos ao redor da arma.

"Fala bastante para uma garota tão pequena", o primeiro comentou, indo até o lado dela, os outros dois logo atrás.

Sem aviso uma flecha atravessou o ar e o homem ao lado dela caiu no chão, convulsionando violentamente.

Chloe piscou quando ouviu o barulho ao seu lado e rapidamente se virou para ver o homem no chão. Quando os outros dois se viraram para o amigo e um deles se abaixou ao lado do cara que estava no chão, ela puxou a arma e apontou para a têmpora do terceiro. "Quem é a garotinha agora?"

"Calma aí, bonita", um homem com a voz distorcida disse a alguns metros, um arco apontado para o mesmo homem.

Ela olhou atrás do homem que tinha paralisado completamente e estreitou os olhos, tentando ver quem era e então, quando viu o arco ela o reconheceu instantaneamente. Arqueiro Verde. "Ou você atira, ou eu."

"Apenas vá para o lado para eu não te acertar", ele disse a ela.

Chloe o observou por um momento, mantendo a arma apontada para a cabeça do homem, e então lentamente se afastou. Exceto que, um segundo depois, o homem que estava abaixado para ajudar o primeiro a derrubou no chão, fazendo a arma cair enquanto ela atingia o concreto, com força.

E um segundo depois disso, o homem que ela estava mirando tinha uma flecha atravessada na mão prendendo-o à parede enquanto ele gritava. Ele se moveu rapidamente, arrancando o outro homem de cima dela e o empurrando violentamente. "Eu não gosto quando homens atacam mulheres", ele os informou com raiva, atirando um taser no homem, de costas para Chloe. "Assim eu acho que você merece o que ganhou." Ele chutou o primeiro homem que começava a se sentar. "Levanta e você vai ver o que te acontece."

Ela gemeu baixinho assim que o peso do homem foi tirado de cima dela e lentamente, começou a se levantar, fazendo uma careta. Ela tinha aparentemente caído sobre o braço e agora seu pulso estava ardendo, se fosse dar um chute baseado na dor, ele estava quebrado.

Ele se moveu até ela lentamente. 'Você está bem?" Ele estendeu a mão na direção dela.

Engolindo em seco, ela assentiu e travou a arma antes de guardá-la na bolsa com a mão boa e aceitou a oferta da mão dele. "Sim", ela arfou. "Obrigada."

"Você está ferida", ele disse enquanto a ajudava a se levantar.

"Só meu pulso", ela disse com a dor. "Eu vou viver."

"A polícia vai chegar logo", ele disse, observando-a por um momento. "Eu posso te levar bem rápido para o hospital."

"Eu tenho um médico pra dar uma olhada", ela disse, parando por um momento, seus olhos um pouco arregalados pra ele. "Você é real."

"Eu sou", ele confirmou, olhando pra ela através dos óculos de visão noturna.

Chloe mordeu o lábio inferior e deu mais um passo pra perto dele, seu pulso ainda estava queimando mas a curiosidade estava quase deixando possível ignorar. "Por que você faz isso?"

Ele ficou em silêncio por um momento. "Alguém tem que tentar fazer a coisa certa, não é?"

"Você é humano?" Ela perguntou, olhando pra ele novamente com olhos grandes. "Ou você é um mutante?"

Um sorriso puxou sua boca. "Completamente humano", ele disse. Ele tinha a sensação que estava vendo o lado mais real de Chloe Sullivan agora.

Ela mordeu o lábio inferior observando-o atentamente por um momento. "Por que você se arrisca desse jeito?" Ela perguntou baixinho, seu peito de repente apertado.

"Como eu disse, eu só quero fazer do mundo um lugar melhor", ele falou, balançando um pouco a cabeça.

Chloe expirou e assentiu, olhando para os homens que ainda estavam no chão antes de olhar pra ele novamente. "Estou feliz que alguém ainda acredite que isso é possível."

"Você não acredita?" ele questionou.

"Eu acredito que isso não serve pra todos nós", ela falou baixinho e então deu um passo pra trás. "Obrigada novamente", ela disse antes de começar a se afastar e voltar para seu caminho.

Neste momento, um carro da polícia virou a esquina, sirenes soando e luzes piscando.

"Droga", ele murmurou, passando o braço ao redor dela. "Segura firme", ele ordenou, atirando uma linha até o telhado.

Chloe arregalou os olhos quando se sentiu sendo puxada do chão, ela segurou nele com força e fechou os olhos.

Ele a desceu cuidadosamente no telhado um momento depois. "Desculpe. Achei que você não ia querer ser pega para a chatice de prestar depoimento."

Ela respirou fundo e abriu os olhos devagar, olhando ao redor por um momento antes de balançar a cabeça. "Não, eu não ia querer", ela disse num sussurro, olhando pra ele maravilhada. "Obrigada."

"De nada", ele disse, olhando na direção da porta de acesso que levava às escadas. "Você consegue seguir daqui?"

Chloe olhou para a porta e assentiu, afastando-se dele lentamente. "Sim, eu vou ficar bem."

"Eu espero que não esteja quebrado", ele falou baixinho.

"Isso não importa", ela disse a ele, olhando para o pulso e então de volta pra ele.

"Por que não?" Ele inclinou a cabeça para o lado, franzindo a testa enquanto olhava pra ela.

"É só que não importa", ela disse, tentando dar um sorriso. "Nada que eu faça jamais vai importar tanto quanto o que você está fazendo."

"Nunca se sabe. Uma decisão pode mudar todo o curso de uma vida, e a de outra pessoa para sempre. Você não faz ideia no efeito que você poderia ter sobre alguém", ele disse baixinho.

"Eu tenho uma boa ideia do efeito que eu posso ter em alguém e em suas vidas", ela disse, sorrindo cautelosamente pra ele, seu peito apertado. "E é por isso que é melhor eu evitar tentar fazer alguma diferença." Ela não fazia ideia de porque estava falando tudo isso pra ele, talvez porque ele estivesse atrás de uma máscara, talvez porque ele tivesse salvo sua vida, talvez porque pessoas como ele a lembrassem da confiança e esperança que costumava ter nas pessoas. De qualquer jeito, não importava que ele soubesse de tudo isso, ele jamais poderia usar contra ele sem expor sua identidade e considerando que ele provavelmente nem sabia quem ela era, importava menos ainda que ele soubesse.

O peito de Oliver estava apertado enquanto ela falava e naquele momento ele queria estender a mão e puxá-la para seus braços e apenas lhe dar um abraço. "Porque aconteceu alguma coisa ruim à alguém com quem você se importava?" Ele já sabia a resposta, sabia exatamente de quem ela estava falando, e agora ele sabia o exato momento em que Chloe Sullivan havia se distanciado de todos exceto Lex Luthor.

"Como eu disse, não importa", ela falou novamente. "Eu tenho certeza que existem pessoas por aí que precisam de você, eu já te ocupei tempo suficiente." Chloe disse antes de começar a ir em direção às escadas.

"Tome cuidado nas ruas", ele disse, observando enquanto ela se afastava. "Talvez eu te veja por aí." Ele foi até a beirada do telhado, mirando em um poste do outro lado da rua.

Chloe se virou para olhar pra ele, piscando quando percebeu que ele já tinha ido embora, ela suspirou profundamente e apertou os lábios por um momento. "Você também", ela murmurou antes de começar a descer as escadas.

***

Oliver bateu na porta do Talon com força, esperando que Lois estivesse lá. Era cedo, e também havia a possibilidade dela ter passado a noite na fazenda dos Kent, mas ele preferiu arriscar que ela talvez estivesse lá do que lidar com Clark.

Lois ainda estava na cama, então demorou um pouco para chegar até a porta, quando o fez, cabelo por todo lugar, pantufas de coelhinho nos pés e um grande bocejo enquanto abria a porta. "É melhor isso ser importante."

"Muito", ele a informou, mal olhando pra ela enquanto entrava no apartamento.

Ela piscou e fechou a porta, franzindo um pouco a testa enquanto ia ligar a cafeteira. "Você descobriu alguma coisa?"

"Não", ele disse a ela. "Mas... o Arqueiro Verde encontrou com sua prima ontem à noite."

"Você encontrou?" Lois arregalou os olhos e ela paralisou. "O que aconteceu? Ela está bem?"

"Três caras estavam procurando problema e a encontraram", Oliver explicou. "Ela machucou o pulso, mas além disso ela estava fisicamente bem."

"Fisicamente", Lois disse, erguendo uma sobrancelha e esperando que ele explicasse.

"Ela te afastou porque ela tem medo, Lois", ele falou. "De ficar muito perto de você - de qualquer pessoa... e fazê-las serem mortas. Do mesmo jeito que o pai dela foi."

Lois piscou algumas vezes e balançou a cabeça. "O quê? Isso é ridículo, por que ela ia pensar isso?"

"O medo é irracional", ele disse suavemente.

Ela balançou a cabeça e deu dois passos na direção de Oliver. "Você tem certeza que é por isso?"

"Ela não te odeia, Lois. É exatamente o contrário", ele disse com segurança.

Lois suspirou profundamente. "Por que ela não tentaria entrar em contato comigo? Pedir ajuda ou alguma coisa?"

"Porque foi o que ela fez com o pai dela e olha o que aconteceu com ele", ele disse gentilmente.

"Mas poderíamos tentar dar um jeito, ela não precisava estar com Lex por todos esses anos." Lois disse, balançando a cabeça novamente.

"Ela pensa que ela é um perigo", Oliver disse muito suavemente. "Que qualquer um que se aproximar dela vai acabar ferido, ou pior." Ele engoliu em seco, desviando o olhar. "Mas eu acho que o Arqueiro Verde pode conseguir chegar até ela."

"O que faz você pensar isso, ela não sabe que você é você, sabe?"

"Ela não faz ideia. Mas... ela teve uma atitude completamente diferente do que eu já vi. Mais suave. Mais vulnerável."

Lois assentiu e olhou pra ele por um momento. "Você acha que ela o ouviria?"

"Talvez", ele falou.

"Ok", Lois assentiu. "Se você acha que isso pode funcionar, faça o que for preciso."

"Tudo bem. Vou trabalhar nisso." Ele ofereceu a ela um pequeno sorriso e foi para a porta. "Oh, e Lois?"

"Sim?" Ela perguntou embora ainda estivesse perdida em seus pensamentos.

"Belas pantufas de coelhinho", ele disse, dando um risinho enquanto deixava o apartamento.

Lois deu de ombros enquanto olhava pra elas. "Eram da Chloe."

Ele parou ao ouvir isso, e se virou para olhar pra ela. "Oh", ele murmurou.

Ela deu um pequeno sorriso. "Talvez um dia ela volte a ser o tipo de garota que use pantufas de coelhinho."

Ele encontrou os olhos dela e sorriu, assentindo.

Ele esperava que sim.

Porque ele tinha a sensação que realmente queria conhecer essa Chloe.

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3 comentários:

  1. Opa, opa, opa... gostei... Chloe sendo ela mesma com o Arqueiro, mas oh god e quando ela descobrir que ele é o Oliver?!?!?!?! TENSO!!!! rs...

    Nossa, como estou amando essa história...

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  2. Ah Chloe e o Arqueiro tão lindo.

    A Chloe não pode encontrar um heroí que se derrete ^^

    E O Olie ai ai se o Oliver fosse real, eu já enviado zilhões de cartas pedindo ele em casamento.
    Vilm@

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  3. AHÁ!!!!!
    Tava na cara que ela ia se render [mesmo que fosse ao Arqueiro, mas tudo bem] (y)
    O Ollie achou uma brecha!!!! \o/
    kkkkkkkkkkk

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