26.8.11

Darker Pathways (8/16)



TítuloCaminhos Obscuros
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17
Nota das autoras: Essa fic é um universo bem alternativo da terceira temporada em diante, o último evento da série usado é a explosão do esconderijo para onde Chloe e Gabe foram levados após o julgamento de Lionel, embora tenhamos utilizado alguns eventos de outras temporadas.
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Capítulos anteriores: prólogo - um - dois - três - quatro - cinco - seis - sete




"Eu segui o sinal até a LuthorCorp", Bruce disse no viva-voz, seus olhos nos monitores que tinha instalado em sua nova batcaverna. "Claro que eu fui bloqueado no segundo que entrou no prédio, mas estamos perdendo alguma coisa aí." Ele disse calmamente, sua voz mais profunda que o usual mas não tão profunda quanto a do Batman.

Oliver correu uma mão pelo cabelo enquanto se sentava em sua mesa no apartamento da Torre do Relógio. Algumas semanas atrás, ele tinha tomado a decisão de se mudar temporariamente para Metrópolis. Se ia cumprir sua promessa a Lois - afastar Chloe de Lex - ele ia ter que ficar no Kansas pra fazer isso. Claro, tudo sob a desculpa de precisar renovar a divisão de Metrópolis da Queen Industries. "Claramente", ele respondeu suspirando, recostando-se em sua cadeira.

"Precisamos de um informante", Bruce resmungou.

Claro. Ele sentiu o coração pular uma batida com a ideia que lhe surgiu. "Eu te ligo depois", ele disse, desligando o telefone. Ele olhou para o relógio em seu computador. Era quase dez da noite e ele sabia que Chloe deveria estar jantando com Lex e alguns de seus outros empregados. Se ele fosse rápido, talvez não fosse tão tarde.

Em dez minutos, ele estava vestido em seu uniforme de Arqueiro Verde, o pendrive em sua mão, e pulando de telhado em telhado pelo centro de Metrópolis.

Era quase dez e meia quando Chloe saiu do restaurante, dessa vez eram dois e não um quarteirão de distância de seu apartamento, mas ela ainda estava caminhando. Ela vinha andando por ali toda noite na esperança de ver o Arqueiro Verde novamente. Sabia que ele não era o único por aí, havia outros, mas se suas suspeitas estivessem certas sobre quem estava por trás do borrão vermelho e azul, não esperava que ele viesse socorrê-la nem tão cedo.

Além do mais, de acordo com o próprio, o Arqueiro Verde era apenas humano, ele não tinha nenhuma habilidade especial, nenhum poder por causa dos meteoros. Ele era como qualquer um, exceto que saía de seu caminho para ajudar as pessoas, para socorrê-las e isso a fascinava. Fazia com que ela quisesse ajudá-lo de algum jeito, mesmo sabendo que não podia e que o homem não tinha absolutamente nenhuma razão para confiar nela afinal, mas era bom pensar nisso.

O destino aparentemente estava ao seu lado, e quando ele a viu se aproximando do prédio onde morava, desceu até o chão na frente dela silenciosamente.

Chloe estava perdida em pensamentos e de cabeça baixa, então quando sentiu uma presença na sua frente, ela piscou e instintivamente deu um passo pra trás, olhos arregalados enquanto erguia a cabeça e arregalava os olhos ainda mais quando percebeu que o homem na frente dela era o que estava ocupando seus pensamentos. Ela olhou ao redor por um momento para garantir que não estava sendo seguida e então novamente pra ele. "E eu aqui pensando que você só aparecia quando alguém estava em perigo."

Ele sorriu. "Algumas pessoas estão em perigo e nem percebem", ele disse a ela, sua voz distorcida.

"É mesmo?" Ela perguntou, erguendo as sobrancelhas. "E eu imagino que você ache que eu esteja em perigo?"

"Eu acho", ele respondeu. "Possivelmente."

Ela piscou e franziu a testa a isso. "Você acha?" Ela perguntou, incerta do que mais dizer.

Ele ergueu um pequeno pendrive sem falar nada.

Chloe franziu a testa e pegou o pendrive depois de refletir por um momento. "O que é isso?"

"Informação encriptada que eu não consigo acessar. Informação que eu preciso", ele admitiu, observando-a atentamente.

Ela ergueu uma sobrancelha e olhou pra baixo e então de volta pra ele, ficando tensa de repente. "O que faz você achar que eu sou capaz de te ajudar com isso?"

Ele hesitou por um momento. "Eu pesquisei sobre você naquela noite", ele admitiu, seu olhar mudando para o pulso dela. "Está curando direito?"

"Está tudo bem", ela disse secamente e então devolveu o pendrive pra ele. "Mas não tem nada que eu possa fazer por você."

O peito dele apertou um pouco. "Tudo bem", ele disse simplesmente, seus dedos roçando contra os dela enquanto pegava o pendrive de volta.

Ela não soltou o dispositivo. "O que te faz pensar que eu poderia te ajudar?" Mesmo que ele tivesse pesquisado sobre ela, ele deveria saber pra quem ela trabalhava.

Ele olhou pra ela. "Ouvi rumores que você era boa com computadores."

"Eu não gosto de rumores", ela disse a ele, prendendo a respiração. "E meu patrão não gosta de pessoas do seu tipo."

"E você?" Sua voz era baixa, mesmo com o distorcedor.

"O que tem eu?"

"Você também odeia pessoas do meu tipo?" Ele inclinou a cabeça para o lado.

"Não", ela disse, desviando o olhar e balançando a cabeça. "Mas isso não significa que você deva confiar em mim."

"Entendo", ele falou, suas mãos ainda se tocando enquanto os dois seguravam o pequeno pendrive.

Chloe soltou a mão um segundo depois e olhou pra baixo. "Ele tem alguma coisa a ver com isso?"

"Você realmente quer que eu responda essa pergunta?" Eles estavam a apenas dois passos de distância.

"Sim", ela disse, olhando pra ele um momento depois.

"Sim", ele falou baixinho. "E vidas podem estar em perigo."

Ela se endireitou. "A sua?"

"Eu honestamente não sei", ele disse, observando-a.

"Foi por isso que você me ajudou na outra noite?" Ela perguntou, de repente sentindo-se exposta. "Você estava me seguindo porque precisava da minha ajuda?"

"Não", ele disse sem hesitar. "A outra noite foi só um bom timing da minha parte." Ele olhou para o pulso dela. "Ou... ruim, eu acho."

"Considerando o que eles poderiam ter feito comigo, eu diria que o timing foi bom", Chloe respirou fundo enquanto olhava para o pulso também e então estendeu a mão pra pegar o aparelho novamente.

"Você não me deve nada", ele disse baixinho, observando-a.

"Eu sei", ela disse, apertando os lábios, o peito apertado. "Eu quero ajudar, mas sob uma condição."

"Que condição?"

"Se ele descobrir, eu não quero ninguém vindo me ajudar. Eu posso cuidar dele sozinha." Ela disse, sua voz mal um sussurro, mas firme e clara.

Ele ficou em silêncio por um momento. "Eu só posso prometer que eu não vou, se for o que você realmente quer."

"Você ou outros do seu tipo", ela disse a ele, estreitando levemente os olhos.

"Eu não tenho controle sobre o que os outros fazem", ele disse. "Só sobre o que eu faço."

"Não conte nada a eles sobre isso então", ela falou simplesmente.

"É difícil barganhar com você", ele a informou.

"Temos um acordo ou não?" Ela perguntou, olhos em tudo que podia ver do rosto dele, o que não era muito.

"Sim", ele falou. "Mas isso não significa que eu não vá manter um olho em você quando estiver sozinha por aí depois que escurece, certo?"

Chloe balançou a cabeça, respirando fundo, seu coração batendo forte contra o peito. "Não, mas não deixe de ajudar outras pessoas por minha causa."

"Não vou", ele prometeu, então lhe deu um sorriso. "É só que, por acaso, você está na parte da cidade que é minha responsabilidade."

Ela deu um pequeno risinho e estendeu a mão para pegar o pendrive novamente, roçando os dedos contra os dele de propósito. "Que sorte a minha."

Ele entregou o pendrive, sorrindo ainda mais. "Eu também me sinto sortudo."

"Vamos torcer pra eu te dar uma razão pra se sentir com sorte", ela disse, mordendo o lábio inferior e olhando para o pendrive por um segundo. "Como eu entro em contato com você?"

"Podemos nos encontrar novamente? Em algum lugar seguro? Amanhã à noite?"

Chloe hesitou e então assentiu, olhando para o prédio e de volta pra ele. "Eu imagino que você saiba onde eu moro?"

Ele sorriu um pouco. "Te encontro no seu telhado? Meia-noite?"

Ela não pode deixar de dar um risinho afetado e depois assentiu. "Te vejo lá então, Romeu."

Ele sorriu também. "Boa noite, cara Julieta", ele disse, atirando uma linha até o telhado do outro lado da rua e subindo, afastando-se dela.

Chloe balançou a cabeça e sorriu, virando-se para observá-lo desaparecer na escuridão e então respirando fundo, seu coração acelerado, ela guardou o pendrive dentro da bolsa. Teria que tomar muito cuidado com isso. Era só uma questão de tempo até Lex descobrir já que ninguém conseguia esconder nada dele, mas com sorte, ela poderia dar ao vigilante alguma coisa antes disso acontecer.

***

Lex se recostou em seu assento, as mãos sobre a mesa enquanto ouvia os passos familiares pelo corredor na direção de seu escritório. Quando ela entrou, ele sorriu, observando-a atentamente. "Tome uma bebida", ele ofereceu, acenando com a cabeça na direção do bar.

Ela sorriu de volta, embora seu estômago estivesse dando nós, ela não ia deixar transparecer. O fato de Lex ter pedido que ela fosse se encontrar com ele em Smallville na manhã seguinte estava deixando-a um pouco mais nervosa já que tinha passado a noite hackeando os arquivos no pendrive que o Arqueiro Verde tinha lhe dado, mas sabia como esconder as coisas de Lex, só tinha que agir naturalmente. "Você quer também?" Ela ofereceu, sorrindo enquanto ia na direção do bar.

"Claro." Ele assentiu um pouco, mantendo os olhos nela.

Chloe serviu as bebidas, sua postura o mais relaxada possível enquanto pegava os dois copos e ia na direção de sua mesa, passando um dos copos pra ele antes de se sentar.

Ele sorriu, tomando um gole de sua bebida e colocando o copo sobre a mesa. "Como estão indo as coisas com Oliver Queen?" ele perguntou curiosamente.

Ela ergueu uma sobrancelha a isso e tomou um gole de sua bebida antes de responder. "Lentas", ela admitiu. "Eu não o vejo desde o evento de caridade."

Ele a observou atentamente. "Você ouviu dizer que ele vai ficar um tempo em Metrópolis?"

"Claro", ela mentiu, na verdade não tinha se importado em saber nada sobre Oliver desde o evento.

"Talvez seja a oportunidade de ouro aparecendo na sua frente", ele sugeriu.

Chloe deu um risinho a isso e ergueu as sobrancelhas. "Você não acha realmente que ele me recebia na casa dele, não é, Lex?"

"Talvez você devesse recebê-lo na sua", Lex ofereceu com um risinho também.

Ela apertou os lábios, fingindo refletir sobre a sugestão. A última coisa que ela queria era ter que lidar com Oliver, mas tinha sido estúpida o suficiente para contar a Lex sobre seu projeto e agora ele obviamente estava esperando resultados. "Eu acho que posso convidá-lo."

"Excelente." Lex sorriu e tomou mais um gole de sua bebida. "Oliver sempre teve uma queda por loiras."

"Verdade?" Chloe perguntou, erguendo uma sobrancelha. Lex não sabia que ela já tinha dormido com Oliver e o fato dele estar sugerindo que ela fizesse exatamente isso a enervou, mas ela não disse nada. "Eu acho que estou com sorte."

Assentindo, ele se recostou na cadeira, tomando sua bebida. "Você deveria vir à mansão mais vezes, Chloe."

"Podemos nos encontrar em Metrópolis com a mesma facilidade, Lex", ela disse, olhando para seu copo. "Você sabe que eu prefiro evitar Smallville se for possível."

Ele ficou em silêncio por um momento. "Claro", ele disse finalmente, assentindo.

"Mas eu faço certos sacrifícios por você", ela disse a ele, sorrindo. "Dirigir regularmente é uma delas."

Lex sorriu, assentindo. "Eu sei que você faz. E eu agradeço."

"Isso faz valer à pena." Ela disse, tomando um gole de sua bebida novamente e sorriu pra ele. "Tem mais alguma coisa que você queira discutir?"

"Não, a não ser que tenha algo que você queira discutir comigo." Ele a observou atentamente.

"Nada que eu me lembre", ela disse. "Infelizmente, eu não tenho nenhuma novidade para reportar sobre Oliver e tudo continua igual em meus outros projetos."

"Tudo bem. Nos encontramos novamente quando você tiver conseguido... lidar com Oliver Queen." Ele sorriu.

Chloe inclinou a cabeça para o lado, olhando pra ele. "Acho que Oliver vai dar um pouco de trabalho, Lex, mas não ache que eu vou dormir com ele só porque você está insinuando que eu deveria."

"Claro que não", ele concordou imediatamente, observando-a. "Eu jamais pediria uma coisa dessas pra você."

"Contanto que estejamos claros", ela disse, olhando para seu copo e terminando sua bebida. "Eu preciso voltar, tenho medo de deixar meu assistente muito tempo por conta própria. Ele pode tentar ser útil."

"Bem, não podemos deixar isso acontecer." Lex respondeu com certa diversão. "Como sempre, é bom ver você."

"Também é bom ver você, Lex." Chloe sorriu antes de se levantar e sair do escritório.

Lex a observou sair, seu sorriso sumindo assim que ela desapareceu.

Ela ia ser um problema.

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5 comentários:

  1. Ih, o Lex já está desconfiando de alguma coisa, será?

    Uhu que bom que ela decidiu ajudar o Arqueiro...

    Mais, please!!!! :D

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  2. Chloe pensando no arqueiro e ele PUFF! surge na frente dela. OHHHHHHHHHH VIDA DIFICIL!!

    E ela chamando ele de Romeu, flerte descarado ADORUUUUUUUUUU

    QUERO MAIS!!!
    Vilm@

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  3. Ai caramba...
    Fiquei tensa aqui com a reaparição do Lex O.o
    E não consigo parar de rir com os comentários da Vilm@ huahauhauahauahuahauahauahauha
    ATÓRON!

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  4. Adoro essa estória. Estou lendo em inglês também, e agora traduzida está melhor ainda.lol

    Adoro o site. É ótimo. Parabéns!

    Estou relendo várias fics que li em inglês. Estou adorando. :D

    Dani

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  5. FÊ... também adorei ver a Chloe querendo ajudar o Arqueiro, a verdadeira Chloe que adoramos, né?

    Vilm@, pois é... bem que eu queria essa vida difícil da Chloe... :)

    Ciça, que bom que está gostando... sim, Lex aparecendo é tenso!!!!

    Dani, que bom que está gostando... obrigada pelos elogios... fique a vontade aqui no blog e volte sempre. ;)

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