3.10.10

How Soon Is Now (3/3)

Título: Ainda É Cedo
Resumo: Universo 'Two of Us'. Seis meses após os acontecimentos de Two of Us, Chloe e Oliver estão decidindo os próximos passos, em seu relacionamento e na Liga.
Autora: newbatgirl
Classificação: PG-13
Nota da Autora¹: Essa fic é baseada em uma frase do Bruce em Two Of Us: "Oliver... Em algum momento do seu futuro, você irá até Gotham pedir para eu me juntar à Liga e eu vou agir como um idiota. Mais do que um idiota. Não posso voltar atrás e mudar o que aconteceu, mas posso lhe dizer que sinto muito... e que você estava certo. Eu preciso da Liga da Justiça."
Nota da autora²: Como em todas as minhas histórias, vou utilizar pontos de vistas dos personagens principais: Chloe, Oliver e Bruce. Vamos começar com Bruce desta vez.
Anteriores: Capítulo Um - Capítulo Dois

Histórias Anteriores:
Shout Out Loud
Silver Lining
Question




Cobertura... Gotham Palace Hotel... a noite seguinte...

Na noite seguinte, até Chloe teve que concordar que Gotham City era mais interessante e divertida do que ela esperava. Oliver obviamente já estivera lá antes e sabia que a cidade tinha mais do que maníacos fantasiados, mas Chloe não. Eles passaram o dia caminhando pelo centro histórico, visitando museus, e fazendo as refeições em dois maravilhosos restaurantes antes de voltar para sua suíte no hotel.

Chloe balançou as pernas sobre as de Oliver e as descansou sobre as coxas dele. "Da próxima vez que viermos pra cá, me lembre de usar sapatos confortáveis. Os paralelepípedos são legais e tudo, mas machucam como o inferno quando se está de salto."

Oliver sorriu e colocou os pés dela em seu colo. Ela ronronou contente e se aconchegou ainda mais nas almofadas quando ele começou a massagear seus pés. "Se eu prometer massagear seus pés, você continua usando salto pra mim?" ele brincou. Ele gostava muito de ver o efeito dos saltos nas pernas e na bunda dela para deixar uma dorzinha arruinar tudo.

"Eu uso pra você, qualquer hora, Ollie, só não nos paralelepípedos."

Ele continuou a massagem se deliciando com os sons que ela fazia, por mais alguns minutos. Ele ia sugerir que fossem para a banheira quando seu celular tocou. Ele checou o display e atendeu mesmo não conhecendo o número.

"Queen."

"Encontre-me no telhado. Em uma hora", uma voz familiar e rouca rosnou antes da ligação ser cortada.

Oliver se virou para Chloe. "Acho que teremos uma resposta."

"Bruce?"

Oliver tentou ligar para o número mas recebeu a mensagem 'ACESSO NEGADO' em seu visor. "Tem que ser. A única outra pessoa que eu conheço que é maluca por tecnologia é você."

Cinquenta e oito minutos depois, Oliver estava em seu uniforme de Arqueiro Verde - menos o distorcedor de voz, o que ele considerou desnecessário para essa reunião - esperando no telhado do hotel quando ele sentiu, mais do que ouviu, alguém pousando atrás dele. Instintivamente, ele pegou seu arco, antes de relaxar quando viu o capuz com chifres e a capa.

"Achei que eu tivesse dito para não trabalhar na minha cidade", Batman rosnou, apontando para sua roupa.

"Pra começar, bundão-dono-da-rua", Chloe comentou pelo comunicador em sua orelha.

Ela havia dito que ia tentar comentar o mínimo durante o encontro, mas Oliver sabia que algumas vezes, ela simplesmente não conseguia resistir. Definitivamente foi bom que ela não quisesse participar pessoalmente.

"Fica calmo, Batsy. Só estou aqui porque você me chamou, lembra? E eu só me vesti assim porque não é uma boa ideia você ser visto com Oliver Queen."

Batman não comentou, o que fez Oliver acreditar que ele concordava. Então, ele se aproximou e Oliver pôde observar melhor sua roupa. O design básico era parecido com o traje que o Batman do futuro usava. Totalmente preto e moldado ao corpo, capa, capuz com chifre. A insígnia de um morcego no peito era diferente e Oliver podia ver que a armadura em si era mais fina do que a que o Batman mais velho usava. Interessante.

"Eu li os arquivos que vocês me deram", Batman disse. "E os dados cruzam com algumas informações que eu já tinha de minhas fontes. Se tudo o que vocês falaram sobre o Luthor é verdade... o homem é um louco."

"É verdade. Todo mundo sabe de suas práticas ilegais nos negócios, mas o que estamos falando aqui é de crimes contra a humanidade."

"Você pode provar?"

"Ele se livra de todas as acusações. Muito facilmente. Você sabe o quanto uma pessoa poderosa como ele corrompe o sistema legal. É tudo um jogo pra ele."

"Então você decidiu destruir as operações dele."

"Se você tiver um plano melhor, eu adoraria ouvir."

"Você o mataria, se fosse preciso?"

"Esperamos não ter que chegar a esse ponto."

"Mas e se chegar?" Bruce pressionou.

Oliver ficou irritado. "Que tal você me avisar quando aquele maluco de terno roxo escapar de Arkham da próxima vez?"

Batman o encarou.

"É como eu penso. Os ideais servem até certo ponto, mas quando a merda acontece, você faz o que tem que ser feito."

"Eu não discordo de você."

"Mas...?"

"Eu trabalho sozinho. O que você está fazendo precisa ser feito, mas eu não posso ajudá-lo."

"As experiências com pessoas em laboratórios, morrendo, você leu essa parte, certo?"

"Eu tenho uma cidade pra proteger! Pessoas morrem aqui também. O resto do estado pode fazer piadas sobre essa cidade mas eu estou tentando mudar isso."

"Você teria nosso apoio aqui em Gotham também, quando precisasse. É assim que nossa equipe trabalha."

"Eu disse... que eu trabalho sozinho. Eu não quero sua equipe na minha cidade. Eu não preciso deles aqui."

"Ele não confia em nós." Chloe disse no ouvido de Oliver. "São os poderes. Ele não confia nos poderes."

"Acho que eu sei o que está acontecendo e eu quero que você saiba que as pessoas em minha equipe poderiam se esconder e levar uma vida normal sem que ninguém desconfiasse. Mas eles escolheram isso, colocaram-se em risco. Não é diferente do que você faz. Essas habilidades que eles têm, eles não pediram. Da mesma forma que você não escolheu os acontecimentos que te transformaram no que você é." Oliver soube no momento em que as palavras saíram de sua boca que Batman não ia gostar. Ele gostaria de poder retirar o comentário sobre o passado dos Wayne, mas era tarde demais. Não que isso fosse fazer alguma diferença. Ele já tinha dito não. E agora também estava zangado.

"Nossa conversa acabou", Batman rosnou. "Eu fui gentil em lhe dar uma resposta. Você pode sair da minha cidade agora." Ele se virou e disparou um linha de sua arma e desapareceu do telhado antes que Oliver pudesse dizer outra palavra.

"Bem, ele disse que era um idiota..." Oliver disse em voz alta.

"Pelo menos sabemos que ele não estava mentindo sobre isso."

*****

Mansão Wayne... na tarde seguinte...

Chloe franziu a testa enquanto acompanhava Oliver e o mordomo de Bruce Wayne, Alfred, pela mansão no dia seguinte. "Me lembre porque estamos aqui. Ele deixou bem claro qual era sua resposta."

"Confiança", Oliver sussurrou de volta. "Compartilhamos muitas informações com ele. Eu quero me assegurar de que ele vai manter tudo em segredo."

Chloe assentiu, seus olhos em Alfred. Era imaginação sua ou ele estava observando-os pelos cantos dos olhos? Eles chegaram na porta que os levava ao escritório.

Alfred se virou pra eles. "Se vocês me dão licença, vou verificar se o Mestre Wayne está pronto para recebê-los a esta hora."

Ele desapareceu dentro do escritório enquanto Chloe repetiu 'Mestre Bruce?' para Oliver. Ele deu de ombros em resposta. Ela olhou pra ele por um momento e ele franziu a testa. "Não me olhe assim. Todos me chamam de Sr. Queen, eu juro."

Chloe assentiu aliviada.

Alfred saiu de trás das portas, segurando-as abertas pra eles. "Mestre Bruce poderá recebê-los, mas só por alguns minutos."

Eles encontraram Bruce sentado no sofá do escritório, vestido casualmente com uma camisa e uma calça, o jornal aberto em seu colo. Ele não se levantou para recebê-los, o que Chloe considerou grosseiro mas não surpreendente. Suas primeiras palavras foi o que a surpreendeu.

"Eu não tenho mais nada pra falar com vocês dois."

"Wow, você é ainda mais doce nas primeiras horas do dia", Chloe disse pra ele. "Não precisa se levantar. Não vamos nos demorar."

"Por que vocês estão aqui?" Bruce disparou, sua voz quase tão rouca e áspera como quando estava com o uniforme.

"Dado o modo como você recusou nossa oferta, Chloe e eu ficamos compreensivelmente preocupados com o tanto de informações que você tem sobre nossa operação. Queremos uma garantia sua de que o que compartilhamos com você continuará em segredo."

"Tudo bem", Bruce falou baixinho.

"Você já deve ter ouvido falar da honra entre bandidos, estamos pedindo honra também entre os heróis vigilantes", Chloe continuou.

"Eu disse TUDO BEM, vocês têm minha garantia." Bruce respondeu. "Agora VÃO!!!" Bruce rosnou.

Foi aí que Chloe reparou nas gotas de suor na testa e nas bochechas de Bruce.

Batman? Suando? Nesse velho e frio casarão? Sua mente recuperou suas observações de Bruce e seu alter ego, e sua própria investigação sobre o justiceiro mascarado.

Bruce, que acabou com uma guerra de gangues minutos antes de sua própria festa de aniversário, logo em seguida vestindo um smoking para esbanjar seu charme pelo salão entre seus bajuladores ricos.

Batman, que passeava pelos telhados mais perigosos do mundo todas as noites?

Suando porque havia sido interrompido enquanto lia o jornal?

De jeito nenhum.

O comportamento de Bruce pareceu irritar Oliver que atacou de volta. "Que diabos acontece com você? Você é mesmo tão egoísta--"

Chloe estendeu a mão e segurou o braço de Oliver para interrompê-lo.

"Oliver! Pára!" Chloe ordenou. Ela se aproximou e olhou atentamente para Bruce. Percebendo o que estava errado, ela puxou o jornal de seu colo e abriu sua camisa, ignorando seus protestos.

De fato havia uma grande atadura em sua barriga. Parecia ter sido profissionalmente aplicada, o que indicava que a ferida havia sido corretamente coberta. No entanto, uma feia mancha vermelho escura a levou a acreditar que ela pudesse ter reaberto.

"O que aconteceu?" Chloe exigiu, suas mãos já tirando as ataduras. Bruce parou de lutar contra ela, o que era um sinal de quanta dor ele estava sentindo. Quando ele não respondeu, ela perguntou novamente. "O que aconteceu, Bruce?"

"Ferimento a bala. Curta distância. Ponta descoberta, atravessou o colete."

Atrás dela, Chloe ouviu ao longe a porta se abrir e Oliver gritar por Alfred. "A bala?" ela perguntou.

"Atravessou", ele explicou. "Uma médica já me examinou ontem a noite."

"A ferida parece ter reaberto. O que você fez, correu uma maratona ou alguma assim nesse meio tempo?", ela perguntou ironicamente.

"Eu não pedi sua ajuda", Bruce respondeu, o suor escorrendo por seu rosto pálido.

Alfred chegou e arfou audivelmente ao ver a ferida. "Santo Deus... eu vou chamar a médica", ele disse atravessando a sala para alcançar o telefone na mesa de Bruce.

"Ele está com febre", Chloe disse a Oliver antes de voltar-se para Bruce... "Deve estar infeccionado. Acho que a médica não lhe deu nada pra isso?"

"Ela deu, mas ele recusou", Alfred disse enquanto ligava. "Ele nunca toma qualquer remédio de boa vontade."

"Não fale de mim como se eu fosse uma criança, Alfred." Bruce disse, com os dentes cerrados.

Chloe o fuzilou com os olhos. "Cala a boca. Você pode até trabalhar sozinho, mas precisa de alguém pra cuidar do seu estúpido traseiro ou vai estar morto em menos de um ano." Ela ergueu as mangas de seu casaco e Oliver segurou em seu ombro.

"Chloe, você não tem que provar nada pra ele", ele disse ansiosamente.

"Eu sei disso, Ollie, mas eu vou mesmo assim." Ela se ergueu para lhe dar um beijo no rosto, então o acariciou. "Eu amo você. Vai ficar tudo bem, eu prometo."

"Do que vocês dois estão falando?" Bruce exigiu.

"Isso é o que eu faço." Chloe disse pra ele, um segundo antes de colocar suas mãos sobre a ferida. A luz brilhou e a dor veio rápido... em seguida a escuridão.

Quando ela abriu os olhos novamente, estava deitada no sofá do escritório de Bruce, onde ele estivera antes, cobertores ao redor dela, sua cabeça no colo de Oliver.

Ela viu o rosto dele se abrir em um sorriso cansado quando ele viu que ela estava acordada. "Ei, você. Está bem quentinha?" Ela assentiu e fechou os olhos novamente por um momento para desfrutar da sensação de sua mão acariciando seu cabelo. A dor havia ido embora e ela não se sentia fria e vazia. Só estava com sede.

Antes que ela pudesse pedir a água, Oliver ergueu seu corpo com o dele, enquanto ele se esticava para pegar o copo na mesinha de café, passando-o pra ela. "Aqui está, tente não falar antes de beber tudo." Ela assentiu novamente e tomou a água toda em dois longos goles.

Era incrível como tudo era mais fácil quando ela sabia que Oliver estaria lá quando ela acordasse. Ela devolveu o copo e se encostou nele. Então olhou pra cima quando sentiu os outros na sala a observando. Bruce, sentado em frente, ao lado de sua mesa e Alfred, de pé na porta, os dois olhando pra ela sem nenhum sinal de espanto.

"Você explicou?" ela perguntou a Oliver, rezando pra que ele não tivesse deixado pra ela explicar.

"Sim, expliquei. Não significa que eles tenham acreditado em mim. Você ficou apagada por uma hora, por falar nisso. Eu dei a eles uma versão resumida", ele disse.

"Sr. Queen, eu ainda posso chamar a médica se for necessário. Ela trata o Mestre Bruce regularmente, ela é muito... discreta."

"Não é necessário, Alfred. Ela vai ficar bem agora. Sabemos como lidar com isso, mas obrigado."

Alfred assentiu e olhou significativamente para Bruce por um momento. Quando o jovem homem não disse nada, Alfred pediu licença e saiu da sala.

Oliver tirou os cobertores de cima dela. "Você consegue se levantar?" Quando ela se levantou, ele apertou sua mão. "Vamos embora então."

Bruce se levantou e atravessou a sala para ficar na frente dela. "Eu não lhe dei nenhuma razão para você fazer o que fez por mim. Obrigado."

"Você está certo, você não deu", Chloe não pôde resistir, mas acrescentou. "Não foi nada."

"Isso não muda nada." Bruce falou defensivamente.

"Não imaginamos que mudaria e não foi por esse motivo que Chloe fez isso. Agora, sai da nossa frente..."

"Esperem", Bruce repetiu. "Eu quero explicar uma coisa a você, a vocês dois, antes de saírem."

Chloe percebeu o nada característico tom emocional no rosto de Bruce e deu uma batidinha no braço de Oliver.

"Vamos. Vamos ouvi-lo."

*****

Oliver sentiu a pressão dos dedos de Chloe e a inflexão em sua voz e decidiu concordar ao invés de cansá-la com uma discussão. Por ele, no entanto, eles teriam encerrado a conversa com Bruce há muito tempo.

Ele se sentou novamente no sofá e puxou Chloe para perto dele. "Você tem cinco minutos", ele disse para Bruce.

"Eu não posso fazer parte da sua equipe, eu não tenho experiência com esse tipo de ambiente. Não ia dar certo."

"Você já disse isso, várias vezes. Perceba que paramos de discutir com você nessa questão uma vez que passamos algum tempo com você." Chloe disse pra ele.

"E tem também o fato de você não confiar nas pessoas da nossa equipe por causa de suas habilidades", Oliver acrescentou.

"Não é só por causa das habilidades, embora eu não vá negar que isso também seja um dos fatores. Eu não vou me desculpar por ter dificuldade em confiar nas pessoas. É isso que me mantém vivo."

"O fato de você não estar morto não é por falta de tentativas da sua parte, mas isso não é mais problema nosso. Sinta-se a vontade para se colocar nessas situações interessantes", Chloe disparou de volta. "Já passaram os cinco minutos?"

"Talvez no futuro, mas não agora." Bruce disse inesperadamente.

Oliver pensou que não estivesse ouvindo direito. "Como é?"

"Eu disse, talvez algum dia... Eu serei capaz de trabalhar com sua equipe, mas não agora. Vocês dois têm um propósito definido para essa Liga de vocês e sabem qual é seu objetivo. Eu não faço parte disso e não posso fazer, não enquanto eu não souber quais são os meus planos para esta cidade. Eu nem sei o que eu poderia considerar um sucesso aqui, ou quanto tempo vai levar pra isso acontecer. Essa tem que ser minha prioridade. Eu investi muito para mudar agora. Eu nem saberia como."

Oliver e Chloe trocaram olhares, incertos sobre como reagir a repentina explosão de honestidade de Bruce.
"Eu respeito o que vocês estão fazendo em relação ao Luthor. Alguém deveria mesmo estar fazendo alguma coisa. Se eu... conseguir qualquer informação, mandarei pra vocês. Não posso concordar em um trabalho conjunto mas espero que isso não nos torne inimigos." Bruce finalizou, então colocou suas mãos nos bolsos. Sua camisa estava amarrotada e manchada de sangue, seu cabelo uma bagunça e grudado em alguns lugares de seu rosto.

Ele não parecia nada com o playboy de smoking da outra noite. Ele parecia... solitário.

Oliver se levantou e pegou a mão de Chloe. "Eu não sei o que dizer, Bruce."

"Você não têm que dizer nada. Eu só... queria que vocês soubessem disso. Eu acredito que vocês sabem como me encontrar se precisarem. Agora podem sair." Bruce saiu da sala sem mais nenhuma palavra, desaparecendo nos corredores escuros de sua mansão.

Enquanto Oliver ajudava Chloe a ir até a porta, ela inclinou a cabeça para ele. "Não foi bem a resposta que esperávamos, foi?"

"Não, mas também acho que não era a resposta que ele havia planejado. Mas é um começo."

*****

Batcaverna... Enquanto isso...

Bruce observou os dois deixarem a mansão pelas câmeras de segurança em seu computador na Batcaverna.
Por um momento ele se sentiu tentado a dizer sim, e imaginou que podia aprender a funcionar no ambiente deles. Tanto quanto seu papel como Batman não havia acontecido como planejado mas ele se adaptou a ele. Não poderia se adaptar a isso também?

Provavelmente não.

É claro que a ideia de uma Liga composta em sua maioria por pessoas com poderes o incomodava, mas essa não era a única razão.

O fato era, Batman ainda não se sentia adaptado ao mundo. Ele não estava pronto. E não tinha certeza se com o passar do tempo ele estaria pronto, mas esse momento certamente não era agora.

Oliver Queen, Chloe Sullivan e seus outros amigos imaginavam poder salvar o mundo.

Bruce ainda precisava se convencer de que o mundo queria ser salvo.

Fim.
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Leia a sequência: Want

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