15.7.11

Good Fences 7/8

TítuloGood Fences
Resumo: Pós-Conspiracy. As coisas vão de mal a pior quando Chloe e Oliver não conseguem fazer as pazes.
Autora: happycabbage75
Classificação: PG-13
Nota da Autora: Sempre me pareceu muito fácil, ir da raiva de Oliver quando Chloe pegou seu dinheiro sem pedir, para o fim de semana feliz na pousada. Então esta história é uma pequena ponte entre os dois episódios.
Um :: Dois :: Três :: Quatro :: Cinco :: Seis



O homem tinha se posicionado cuidadosamente para que a arma pressionada nas costelas de Chloe ficasse escondida de qualquer pessoa que se aproximasse. O zelador também não poderia ajudar. Ele estava numa esquina e não os veria a não ser que se movessem até as portas da frente.

"Eu tenho que falar com a segurança sobre quem eles deixam entrar aqui", Oliver falou baixinho e nervoso.

"Cala a boca, Queen. Vamos lá pra fora." Os dedos do homem estavam apertando o braço dela. Ele a puxou e ela não teve outra escolha a não ser segui-lo. Obviamente, Oliver tinha chegado a mesma conclusão. Ele se moveu para onde o homem tinha indicado e foi na direção dos fundos do prédio.

"Então você quer me dizer sobre o quê é isso tudo?" Oliver perguntou.

"É sobre você não ter aprendido a lição", o homem respondeu.

"Eu nunca fui bom na escola. Tinham tantas coisas mais divertidas pra se fazer."

O homem apertou o cano da arma na lateral de Chloe e ela arfou, cambaleando enquanto ele a empurrava pra frente de novo.

"Chloe?" a voz de Oliver era mortal.

"Eu estou bem", ela disse, mas não pode deixar de fazer uma careta quando a arma foi pressionada em suas costelas.

"Lá fora, Sr. Queen", o homem ordenou, e Oliver obedeceu. Ele abriu a porta e eles saíram do prédio para um beco que havia atrás, protegidos da vista por algumas lixeiras enormes.

"Solta ela", Oliver disse. "Eu vou fazer tudo o que você quiser. Apenas deixa ela ir embora."

O aperto do homem no braço dela se tornou mais forte ao ponto de Chloe achar que seu osso seria quebrado e ela deu um grito involuntário. Esse deveria ser o homem que atacou Oliver no estacionamento da LuthorCorp. Ele era simplesmente muito forte, de um jeito não-humano, e Chloe se percebeu com medo por Oliver. Esse homem já o tinha ferido gravemente, e aparentemente estava ali pra terminar o trabalho.

"Chega!" Oliver exclamou. "Isso não é necessário."

"Aparentemente é", o homem respondeu. "Eu achei que já tivesse deixado tudo bem claro. Você vai continuar com os negócios que o Sr. Luthor tinha com meu chefe."

"E eu achei que um ombro deslocado tivesse te ensinado que eu não gosto das táticas do Moretti."

O homem segurando Chloe grunhiu furioso. "Escute bem, Queen. Nós já temos uma do seu pessoal, mas meu chefe está preocupado que você talvez não se importe o suficiente com seus empregados para te forçar a assinar o acordo, então eu vou segurar esse docinho aqui até você voltar da sua reunião. Algo me diz que você realmente quer que essa daqui continue inteira. Agora vai, faça o que ele mandar e tudo isso termina."

A expressão sombria de Oliver estava começando a preocupar Chloe. Aquela expressão normalmente levava a algumas decisões altamente emocionais e muitas vezes questionáveis. "Por que você não pára de apontar a arma pra ela e talvez eu pense na sua proposta?"

O homem afastou a arma dela, e então a apontou para o peito de Oliver. "Assim está melhor?" ele desdenhou. "Eu não me importo em colocar uns buracos em você se é isso que vai precisar. Não se preocupe. Eu sou um bom atirador. Não vai ser fatal."

O olhar de Oliver encontrou o de Chloe e naquele instante, eles chegaram a um acordo imediato. Chloe pisou no pé do homem, usando toda força que tinha. Ele gritou, involuntariamente a soltando enquanto dava um passo pra trás.

"Sua vaca!" o homem gemeu, e ela podia jurar que seus olhos tinham um fraco brilho verde. Ele a golpeou com tanta força que por um segundo ela achou que fosse quebrar o pescoço. Com a força, ela virou e bateu em uma lixeira atrás dela, o rosto primeiro.

Ela ouviu Oliver grunhir, seguido por um som metálico e imaginou que ele tivesse batido ou chutado a arma pra longe do agressor. Mais sons se seguiram de carne contra carne, mas ela não podia ver nada além de estrelas embaçando sua visão.

Chloe tentou se virar na direção dos sons de luta e lentamente, as formas começaram a entrar em foco. Oliver estava pálido, sangrando de um corte acima do olho esquerdo e isso pouco ajudava o seu já machucado peito.

"Você acha que eu não sei o que você é?" Oliver disse, usando a última tática pra esconder a dor que ele ainda tinha, sua boca.

A única resposta foi uma onda de socos e chutes tão rápidos que Chloe mal conseguia ver. A respiração de Oliver era difícil, mas ele manteve o ritmo, desviando da maioria dos golpes, embora muitos o tivessem pego de surpresa.

"Você passou muito tempo perto de pedras de meteoro, certo?" Oliver arfou. "Você trabalha em um dos laboratórios do Lex? A exposição te deixou um pouco mais forte? Um pouco mais rápido?"

O homem grunhiu, girando, tentando ter um ângulo melhor para outro ataque. "Eu tinha um bom emprego antes do seu pessoal começar a desligar todos os projetos do Luthor. Você me demitiu junto com todos os outros e Moretti é o único que ainda aprecia minhas... habilidades."

"Você está certo", Oliver zombou. "Eu não aprovo assassinos na minha folha de pagamento."

O homem foi na direção de Oliver, claramente mirando em suas costelas, mas Oliver se virou no último segundo, e desferiu um chute brutal na virilha do agressor. Ele caiu de joelhos em óbvia agonia.

"Não me importa o quanto você seja forte", Oliver disse tentando recuperar o fôlego. "Ainda é um homem." Ele se virou com a mão estendida na direção dela. "Vamos!" ele disse com urgência. "Vamos embora!"

"Eu vou te matar por isso!" o homem gritou atrás deles. "Com ordem ou sem ordem!" Ele se moveu muito rápido pra ser normal e bloqueou o caminho deles pra fora do beco. Ele apontou para Chloe. "Melhor ainda, eu vou matar ela!"

Oliver imediatamente se virou e empurrou Chloe pra trás, colocando-a entre a parede do prédio e uma das enormes lixeira, efetivamente bloqueando qualquer acesso a ela, exceto passando por ele. "Não sai!" ele ordenou. "Não importa o que aconteça, você fica aí."

"Ollie, cuidado!" ela gritou, mas era tarde demais. Sua distração lhe custou caro. Ao se concentrar em protegê-la, se deixou aberto ao ataque.

O outro homem deu um soco nas costas de Oliver, jogando-o na direção de Chloe. Ele bateu na lixeira e se agarrou pra não cair. Ele se virou a tempo de receber outro golpe, dessa vez em suas costelas. Ele se dobrou, mas ainda conseguiu permanecer em pé.

De algum jeito, no terceiro golpe, Oliver conseguiu se recuperar. Ele evitou os próximos ataques e desferiu alguns, mas Chloe podia ver que sua força estava acabando. Ele estava caindo.

Chloe pegou o celular e ligou para Clark. Sabia que Oliver não ia gostar, mas eles não tinham tempo pra isso. Oliver estava morrendo para protegê-la. Isso, ela não ia deixar acontecer. Ela tinha feito esse jogo antes e perdeu. Não ia acontecer de novo. Não se ela pudesse evitar.

"Alô?"

"Beco atrás da Torre do Relógio. Precisamos de ajuda!" ela disse desesperada, e sabia que Clark conseguia ouvir os sons de luta ao fundo.

Apenas um segundo depois, houve uma rajada de vento e mais rápido do que ela conseguia ver, o agressor estava com o rosto no chão, inconsciente, amarrado com uma espécie de corda que Clark havia pego em algum lugar.

Oliver cambaleou e caiu pra trás com um estrondo atingindo a lixeira que Chloe ainda estava usando como escudo. Ele escorregou até o chão, ofegante, sua respiração entrecortada. Chloe rapidamente saiu detrás da lixeira e se ajoelhou ao lado dele. Ele tinha os braços ao redor do peito como se tentasse se segurar fisicamente. Seus olhos estavam fechados e ele parecia prestes a desmaiar a qualquer segundo.

"Oliver?" ela tentou. "Ollie, você está me ouvindo?"

Clark se ajoelhou do outro lado dele e ela percebeu que ele estava usando sua roupa de Blur. Ela não podia deixar de perceber o quanto ele parecia impossivelmente forte e saudável em contraste com Oliver que estava muito mais debilitado depois do ataque. Ainda assim, tinha sido Oliver, apenas humano, quem a tinha empurrado para trás da lixeira e se colocado entre ela e um agressor bem treinado e infectado por meteoro repleto de rancor pessoal.

"O que aconteceu?" Clark perguntou. "Quem era aquele cara?"

"É o mesmo homem que atacou Oliver ontem. Ele só estava esperando por outra chance."

"Por quê?"

"Eu explico depois", ela disse, mais preocupada com Oliver do que qualquer outra coisa. "Você pode levar esse cara para a delegacia? Tenho certeza que ele deve ser procurado por outros crimes. Eu preciso levar Oliver de volta para o apartamento e chamar Emil."

Clark franziu a testa, mais uma vez olhando de Oliver para Chloe e não gostando do que estava vendo, mas concordou mesmo assim. Ela sabia que deveria acalmar suas preocupações sobre o que aconteceu, e também assegurá-lo que Oliver não a tinha colocado em perigo de propósito. Clark tinha o péssimo hábito de gritar com outras pessoas por colocá-la em perigo e esquecer que muitas vezes foi por causa dele que ela acabou no hospital.

Houve outra rajada de vento e o agressor desapareceu assim como Clark. Ela voltou sua atenção para Oliver. Sua respiração tinha melhorado um pouco, mas o rosto ainda demonstrava dor e seus olhos ainda estavam fechados.

"O Escoteiro se foi?"

"Sim."

Oliver apertou os lábios. "Ótimo. Eu podia ouvir ele olhando pra mim."

"Você podia ouvir?"

"O olhar dele é muito alto."

Chloe sorriu. "É, não é mesmo?"

Oliver abriu os olhos lentamente e piscou algumas vezes para focá-los nela. Abruptamente, ele se sentou, fazendo uma careta de dor, mas com o olhar ainda nela.

"Você está bem?"

"O quê?" Ele tinha sido espancado, estava deitado num beco, quase inconsciente e estava preocupado com ela.

Oliver estendeu a mão e roçou as costas dos dedos no rosto dela. Assim que ele fez isso, ela percebeu que estava ardendo. Ela levou a mão ao rosto e sentiu o sangue. Ou o homem tinha lhe machucado quando a golpeou, ou o corte foi de quando bateu na lixeira.

"Eu estou bem, só um corte e alguns arranhões. É você quem está uma bagunça." Oliver não parecia mais tranquilo, mas não tinha energia pra discutir com ela. "Vamos. Vamos te levar lá pra cima."

Chloe passou um braço ao redor dele e o ajudou a se levantar. Ele fez um som horrível que era metade um resfolego e um choramingo e isso era tão incomum nele que ela nem sabia o que fazer. Oliver sempre minimizava as lesões ou simplesmente se recusava a tomar conhecimento delas. Ou isso ou ele as usava para fazê-la cuidar dele, mas isso apenas quando elas eram claramente superficiais. Quanto mais sérias eram, menos ele falava.

"Ollie?" ela perguntou preocupada. Quando ele não respondeu, ela pegou o telefone para ligar para Clark e dizer a ele pra voltar.

Oliver imediatamente estendeu a mão e a impediu de ligar. "Que horas são?"

Ela arregalou os olhos incrédula. "Você não pode estar seriamente pensando em ir àquela reunião."

Oliver balançou a cabeça. "Isso tem que acabar." Ele olhou pra ela, esboçando um sorriso em sua expressão extenuada. "Confie em mim. Eu tenho um plano."

"Eu também. Os Federais já estão organizando as provas contra Moretti. Você vai deixar que eles façam seu trabalho."

Oliver se endireitou, fazendo uma careta. "Isso vai demorar algumas semanas. Meu pessoal ainda está na linha de fogo. Você está. Eu posso impedir isso."

"Com uma reunião", ela disse, todo seu ceticismo aparecendo.

Ele olhou pra baixo e viu o estado lamentável de suas roupas. "Bem, talvez não desse jeito. Essa roupa não está gritando poder, está?"

Chloe bufou exasperada. "Ollie."

"Ajuda a me trocar?"

Ela engoliu o que ia dizer, ou na verdade gritar com ele por ser tão irracional. Se ela tivesse sorte, conseguiria levá-lo de volta ao apartamento e ele ia desmaiar, acabando com a discussão dos dois.

"Vamos", ela disse relutante. Ela passou um braço ao redor da cintura dele e ele descansou o braço nos ombros dela, sibilando de dor com o movimento. "Você está bem?" Ele simplesmente assentiu e juntos, lentamente, eles voltaram para o prédio.

"Essa vai ser minha terceira roupa hoje", ele reclamou. "Mais uma e será um recorde."

"Vou garantir de informar isso ao Guinness."

"Tenho certeza que eles ficarão muito impressionados. Você pode falar com eles enquanto estou na reunião."

"Desde quando uma reunião com um sequestrador e assassino é uma piada?" ela devolveu, muito perto de perder o controle de seu temperamento. Isso era muito mais do que Oliver ser teimoso ou orgulhoso. Isso era suicídio, e totalmente desnecessário. Os Federais iam acabar com a organização de Moretti. Eles só precisavam esperar algumas semanas. E com algumas horas de trabalho na Watchtower ela com certeza conseguiria diminuir este prazo.

"Sabe, você não deveria estar falando dos gângsters quando foi você quem jogou um caminhão em cima de mim. Eles pelo menos tiveram a cortesia de simplesmente tentar me matar sem rodeios."

"Tudo está nas intenções", Chloe retrucou. "O caminhão era apenas uma ferramenta educacional."

"Ah. É uma fina linha, aparentemente." Oliver deu risada de sua própria piada, então gemeu, passando o braço livre ao redor do peito.

"Feliz agora?" ela perguntou. "Até seu próprio senso de humor acha que você é um idiota." Ela manteve a voz baixa, no entanto, já que estavam andando de volta para o elevador e o zelador estava olhando pra eles curioso. Ela achava que ele não os tinha visto mais cedo quando saíram pelos fundos.

"Não se preocupe", Oliver murmurou. "Ele está acostumado a me ver chegar bêbado e sangrando."

"Isso não é tranquilizador, Ollie."

"Os riscos de uma vida de playboy." Oliver acenou para o homem e ergueu a voz. "Ei, Stevie. As crianças estão bem?"

"Estão dando trabalho", o zelador respondeu. "Dia longo, Sr. Queen?"

"Mais ou menos."

Chloe conduziu Oliver para o elevador, fazendo-o entrar rapidamente. Ela o deixou se recostar contra a parede e deu um passo pra trás.

"Você ainda está brava?" ele perguntou.

"Sim."

"Você sabe o quanto eu quero te beijar agora?"

Chloe olhou pra ele incrédula. "Você está perdido."

"Talvez." Ele sorriu. "Mas você ainda é sexy quando está nervosa."

Chloe simplesmente olhou feio, ela podia se sentir enfraquecendo. Era quase impossível continuar nervosa com ele. "Cala a boca, Ollie. Eu vou te ajudar na sua reunião. Você não tem que ficar me agradando."

"Eu ainda quero beijar você."

Chloe se aproximou, seus corpos mal se tocando e ela olhou pra ele. Oliver olhou pra sua boca faminto, mas não se moveu.

"Você não pode se abaixar, pode?" Ela sorriu maliciosamente.

Ele suspirou. "Eu acho que vou morrer se eu me mexer mais uma vez."

"Isso é péssimo", ela sussurrou. Em seguida ficou na ponta dos pés e deu um suave beijo na ponta de seu queixo. O elevador parou na cobertura. "Vamos lá, heroi. Vamos te preparar pra sua reunião."

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Capítulo 8/8

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6 comentários:

  1. Gente, tadinho do Ollie, viu? Tá parecendo um saco de pancadas!!! Esse Moretti tá merecendo uns bons socos, alguns pontapés... como ele ousa fazer o Ollie sofrer tanto, a ponto de nem conseguir dá um beijinho na Chloe... cara mal, muito mal... mas você terá o que merece, seu malvado, espere e verá!
    Assim espero!!!

    GIL

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  2. Me atualizei \o/ iei \o/

    Ai essa fic é muito tensa.
    Prmetido a mim quando li o resumo que leria no final, quando tivesse a certeza do happy ending, mas num me guentei.

    Tadico do meu Ollie, só apanha coitado.

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  3. Ai meu Deus, tadinho do Ollie, tá só apanhando... Chloe coloca esse homem no colo e dá carinho pelamor...

    Edicléia

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  4. Quanta tensão e adrenalina! Nossa! Também tô com dó do Ollie, apnhou demais nesse capítulo...
    E agora só falta o gran finale...

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  5. Ai, não vejo a hora de ler o capítulo final... história simplesmente maravilhosa!!!!

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  6. Ai ai meu Ollie, num sei como a Choe consegue ficar brava com ele, basta um olhar que a raiva passa a gente derrete.^^
    Vilm@

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