17.12.10

Beauty In The Breakdown III - Reaching Out 2/3)

Resumo da série: Com Oliver ao seu lado, Chloe aprende a se libertar, encontrar a paz e se apaixonar.
Resumo da história: Chloe e Oliver chegam a um entendimento.
Autora: babydee1
Classificação: NC-17
Banner: Ellashy
Original
Histórias anteriores: Letting Go - Taking Hold
Capítulo anterior: parte 1

reaching out



Era uma pergunta muito simples. "Por quê? ela insistiu.


Oliver olhou pra ela, mantendo o olhar por alguns segundos antes de finalmente responder.

"Se não fosse eu, seria outra pessoa", ele respondeu.

As palavras dele a atingiram como um balde de água fria numa tarde gelada. Ela congelou, olhando pra ele horrorizada.

Tudo o que ele tinha dito sobre se preocupar com ela, estar lá por ela... mentira. Aparentemente, ele pensava que ela não era melhor do que uma prostituta barata.

Pelo menos uma prostituta é paga pelos seus serviços, uma voz interna a provocou. Você deu de graça. Piranha.

Uma dormência gelada invadiu seu peito, fazendo suas mãos tremerem. Deus, como ela pode ter sido tão estúpida?

Ela olhou para Oliver, vergonha e raiva crescendo dentro dela. Ele retornou o olhar com uma expressão confusa. "Chloe?" ele perguntou.

Que ele conseguisse ficar ali sentado tão calmamente depois de proferir aquelas palavras a estava enfurecendo ainda mais. Reunindo toda sua força, ela levantou a mão direita e acertou o mais duro e doloroso tapa que ela já dera, no rosto dele.

***

A cabeça de Oliver virou para o lado sob a força do tapa que ela lhe deu. "Que diabos-?"

"Filho da puta", ela grunhiu, descendo do colo dele. "Como você se atreve? Como diabos você se atreve?!"

Ele olhou pra ela absolutamente confuso, sua mão cobrindo o rosto vermelho. "Como eu me atrevo a quê? Eu não estou entendendo..."

"Você acha que eu sou uma vagabunda barata?" ela disparou. "Oh, a Chloe está completamente desesperada, ela transaria com qualquer um... será que posso esperar com duas camisinhas no bolso'? É isso que você pensa de mim?"

Ele arregalou os olhos ao perceber que ela tinha entendido errado suas palavras. "Não - Chloe, você entendeu errado-"

"Bom, parabéns, você tem mais uma na sua lista", ela continuou entredentes, sem lhe dar ouvidos. "Sua enorme lista deve lhe orgulhar. Agora vai embora."

"Você entendeu minhas palavras do jeito errado-"

"FORA!" ela gritou. "Agora!"

Ele gesticulou para si mesmo. "Eu não posso; eu estou pelado."

Ela olhou pra ele com um olhar miserável e balançou a cabeça. "Como eu deixei você encostar em mim?" ela sussurrou arrasada.

"Chloe, por favor, me deixe explicar..."

Ela tinha ouvido o bastante. Sua visão ficou embaçada com as lágrimas que começavam a surgir e ela se virou e disparou, voando escada acima para o refúgio do banheiro.

"Chloe, espera!" ele disse, seguindo-a rapidamente, alcançando-a enquanto ela passava pela porta. "Por favor, deixa eu falar-"

Ela bateu a porta na cara dele e a trancou antes de apoiar seu corpo pesadamente contra ela.

"Chloe", ele chamou, batendo insistentemente. Ela cobriu as orelhas e pressionou as costas contra a porta, sentindo-se derrotada enquanto deslizava e se sentava no chão, com a cabeça entre os joelhos.

Deus, ela tinha sido uma grande idiota, pensando que ele se preocupava com ela. Deixando-o colocar as mãos em todo seu corpo...

Lágrimas correram de seus olhos enquanto ela tentava evitar os soluços que surgiam em sua garganta, mas sem muito sucesso.

"Chloe, por favor não chora", ele pediu. "Eu não quero que você fique triste novamente."

"Vai embora, Oliver - por favor", ela implorou, sua voz vacilando. "Você conseguiu o que queria. Agora por favor vá embora."

Ela sentiu o peso dele contra o outro lado da porta, ouviu um suspiro resignado enquanto ele sem dúvida deslizava pela porta e se sentava do lado de fora. Ela não sabia porque ele ainda estava ali; ele tinha conseguido o que queria, e deixou bem claro que estava nessa pela diversão.

Ela sentiu uma dor no peito enquanto acrescentava mais uma derrota em sua já extensa lista. Ela segurou a respiração e enterrou o rosto nas mãos, controlando os soluços, determinada a não deixá-lo ver sua fraqueza novamente.

"Quando meus pais morreram, eu... eu passei por uma fase muito estranha da minha vida", ela o ouviu dizer do outro lado da porta. "Eu tinha doze anos, e quando eu voltei da escola, havia três automóveis estranhos parados na calçada."

Lentamente Chloe soltou o ar que estava segurando e levantou a cabeça, voltando seu olhar para a porta. É claro que ela não conseguia vê-lo, mas parecia que assim ela ficava mais conectada à conversa.

Oliver nunca tinha falado sobre seus pais, embora ela tenha descoberto por meio de Clark que Lionel estava por trás do misterioso desaparecimento e as mortes, e que essa descoberta era a razão pela qual ele tinha estado arrasado no último ano, culminando com sua chegada ao fundo do poço pouco antes de ela preparar sua intervenção. Se ele estava falando nisso agora, então ele devia estar querendo falar alguma coisa séria.

Ela clareou a garganta e ouviu enquanto ele continuou.

***

"Não tem nada pior do que ouvir que alguém que você ama está desaparecido", ele disse suavemente, relembrando o dia que mudou sua vida para sempre. "Se você não sabe o que realmente aconteceu com eles, você não pode ter certeza se eles estão mortos, então em sua mente eles ainda estão vivos; só temporariamente... desaparecidos. Foi o que aconteceu comigo."

Ele parou, percebendo aliviado que ela tinha parado de chorar e parecia estar lhe ouvindo.

"Eu entrei em casa e vi um monte de policiais, junto com Lionel Luthor e Virgil Swann, e eu simplesmente... comecei a tremer", ele disse. "Nonna, nossa governanta, pediu para eu me sentar e disse que eu precisava ser forte, e..., bom, assim que ela me disse isso, eu sabia que era alguma coisa ruim."

Ele olhou para o vitral da janela enquanto as lembranças voltavam uma a uma em sua mente. Brincando em sua cabeça, palavra por palavra, claras como se tivessem acontecido ontem; coladas em sua memória como se estivessem gravadas em pedra.

"Oliver, você tem que ser forte, caro mio", Nonna havia dito, seus olhos inchados e vermelhos do choro.

"O que está acontecendo?" ele perguntou, apavorado enquanto percebia as expressões sombrias nos rostos de todas as pessoas que estavam ali. "Onde estão minha mãe e meu pai?"

"Oliver..." Lionel se aproximou e colocou uma mão em seu ombro. "Filho... é melhor você se sentar-"

"Onde estão minha mãe e meu pai?" ele repetiu, a calma em sua voz revelando também a tempestade de raiva que estava se formando dentro dele.

Lionel suspirou e segurou suas mãos. "Infelizmente aconteceu um terrível, terrível acidente, Oliver. O avião de seus pais desceu em algum lugar sobre o mar no sul do Pacífico, e-"

"Como assim 'desceu'? Eles pousaram, eles pararam para abastecer, eles foram passear..." sua voz estava anormalmente elevada, e por um segundo era como se ele estivesse fora de seu corpo e assistindo toda a cena como um mero observador.

"Eles caíram, filho. Eu acho que seus pais... se foram."

"Se foram?" Houve aquela voz estranhamente alta novamente. "Se foram pra onde? Eles não podem simplesmente ir embora, eu tenho um passeio semana que vem, e meu pai tem que assinar-"

"Eles estão mortos, Oliver", Lionel disse baixinho. "Eles estão mortos."

Naquele segundo, ele morreu com eles, seu coração se espatifou em mil pedaços. Uma dormência tomou conta de seu corpo inteiro antes dele se sentir frio, então quente, então congelado...

"Não", ele sussurrou. "Não..."

Suas pernas fraquejaram e então uma cadeira foi imediatamente colocada atrás dele enquanto seus joelhos cediam. Sua cabeça estava girando enquanto ele ouvia toda a informação horripilante mas a rejeitava, se recusando a acreditar...

"...recuperados dos destroços, mas até agora a causa da queda ainda é desconhecida..."

"Eu quero vê-los", ele disse aturdido, ouvindo Nonna chorar baixinho em um canto de seu cérebro.

"Eu receio que não será possível, Sr. Queen", um dos policiais disse solenemente. "A correnteza forte e as pedras no fundo do mar provavelmente..." ele parou de falar, mas Oliver conseguia completar a frase em sua cabeça. ...deixaram o que sobrou de seus corpos em pedaços, se não tiverem sido completamente fragmentados com o impacto...

"Você disse que havia destroços", ele disse com a voz rouca, surpreso que sua razão ainda estivesse funcionando.

"Nós tivemos sorte de conseguir localizar-"

"Se vocês podem recuperar destroços, podem recuperar os corpos."

O policial balançou a cabeça. "Não é a mesma..."

"Se não há restos mortais, então vocês não podem declará-los mortos", ele racionalizou. "Eles podem estar vivos em algum lugar."

"Isso é muito difícil, Sr. Queen."

"Mas não impossível." Ele se levantou. "E Sr. Queen é o meu pai. Meu nome é Oliver."

"Oliver", Lionel disse, aproximando-se dele com olhos tristes e apertando seu ombro. "Eu sinto muito por sua perda, filho..."

"E eu não sou seu filho", ele disse com raiva, afastando-se da mão do velho homem. "Guarde seus carinhos para sua própria prole."

***

Ele contou a ela toda a história de como seus pais tinham tido a preucação de remover Lionel como administrador e guardião de suas propriedades, e indicado Nonna e Virgil Swann em seu lugar, salvando a Queen Industries das garras da Luthorcorp. Sob o olhar cuidadoso do Dr. Swann e a destreza totalmente intuitiva de Nonna para os investimentos, a Queen Industries continuou a crescer e prosperar, assegurando o futuro financeiro de Oliver.

"Mas eu nunca vivi a perda dos meus pais, porque eu não conseguia aceitar que eles tinham ido embora", ele continuou. "Até onde eu sabia, eles estavam presos em alguma ilha sem nenhuma comunicação com o mundo exterior, e eventualmente eles seriam resgatados e entrariam pela porta, e tudo ficaria bem de novo.

"Mas é claro que isso nunca aconteceu, e eu cresci com raiva; deles e de mim mesmo", ele continuou. "Eu comecei a fazer todo tipo de coisas questionáveis, coisas que eu sabia que entristeceriam meus pais e sujaria o nome da família, porque se eles ficassem sabendo, então eles viriam e me dariam um grande chute no traseiro e colocariam minha vida novamente em ordem.

"Não havia nada fora do limite. Cigarros, álcool, até drogas... Eu experimentei tudo, me assegurando de ser pego. Eu me tornei o valentão da escola, e fui especialmente cruel com Lex porque... bem, o pai dele tinha recursos para encontrar os meus, e eu achava que ele faria isso pra eu deixar o filho dele em paz. Mas meus pais não pareciam ter fisgado a isca. Dois anos depois, eles ainda não tinham voltado."

Ele suspirou e engoliu em seco antes de continuar.

"Então um dia Nonna foi avisada que eu tinha matado aula e tinha sido visto em uma zona de Star City. Ela largou tudo o que estava fazendo e começou a me procurar pelas ruas, finalmente me encontrando num quarto sujo com uma lâmpada de neon cor de rosa e uma decoração espalhafatosa." Ele parou. "Eu estava em cima de uma prostituta."



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3 comentários:

  1. Quem manda perguntar?Olha ai...

    Brincando. A pergunta acabou levando a noite pra outro lado. Mais intimo até.

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  2. hahaha... pois é Roberta, isso que dá ficar pensando demais!!!! mas tb que resposta mais sem noção hein ollie... Fê

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  3. Droga to cada vez mais apaixonada pelo Oliver!
    Ele tem que ser tão perfeito!!
    Vilm@

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