7.12.10

5 Times They Destroyed Each Other (5)

Título5 Vezes Em Que Eles Destruíram Um Ao Outro
Resumo: O pior tipo de amor é aquele que te destrói.
Autora: simply_steffv
Classificação: R
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Ela está gelada e suas mãos estão grudentas e molhadas. Ela fecha os olhos com força. Ela sabe o que é, o cheiro entra em sua narinas, mas ela não consegue olhar para suas mãos, isso faria tudo se tornar real.

Ela estende a mão e cegamente tenta sair do quarto. Nem um passo e seus pés fazem contato com algo molhado e gelado no chão. Ela pára, congelada no lugar. Ela estremece e um arrepio sobe sua espinha. Ela aperta mais os olhos já fechados. Ela não pode olhar, ela não vai olhar.

Era só um jogo, isso não devia ter acontecido; nunca.

Ela podia sentir o estômago dar um nó e revirar, ela engoliu a bile que estava subindo de seu esôfago. Ela se sentia enjoada e com frio e isso não devia ter acontecido.

Alguém estava chorando, ela mexe a cabeça tentando descobrir de onde vem o som sem abrir os olhos. Ela sente o rosto molhado e distraidamente ela seca a umidade com suas mãos. Só então ela percebe; ela está chorando. Seus olhos se abrem e ela está envolvida pela escuridão, ela olha ao redor e vê a luz entrando por baixo da porta. Ela corre para abri-la.

Ela arfa horrorizada com o que ela vê olhando de volta pra ela.

Seus olhos estão vermelhos, seu cabelo está uma zona e sangue e lágrimas estão por todo o seu rosto. Ela olha para suas mãos e elas estão cobertas por uma substância vermelha e grudenta. Ela olha para seus pés ensanguentados e seus olhos seguem a trilha de sangue de volta para o quarto.

Sangue, havia muito sangue.

Sua respiração começa a ficar curta e ela não consegue aguentar. Ela começa a respirar com dificuldade e isso era demais. Não era pra isso ter acontecido, não isso, nunca isso.

O cheiro podre está em toda parte e ela pode sentir no ar.

Deus, tudo estava uma bagunça. Tinha ido longe demais, ela está chorando e um grito petrificado deixa seus pulmões.

/

"Nããão!"

Ela se senta na cama suando frio e sua respiração é difícil.

Ela olha para as mãos trêmulas e elas estão limpas. Sem sangue. Não mais, ela pensa. Ela balança a cabeça tentando se livrar do mórbido pensamento. Ela puxa os joelhos até o peito, passa os braços ao redor deles e esconde o rosto. Ela deixa lágrimas silenciosas correrem em seu rosto. Ela nunca se sentiu tão vazia e sozinha como agora. Ela olha para o lado e a cama está vazia; ela estende a mão e toca os lençóis, eles estão gelados. Ele não dormiu lá novamente.

Como eles chegaram a esse ponto? Por que eles chegaram a esse ponto? Ela fecha os olhos e finge que não tinha uma força apertando seu coração, esmagando-o.

Ela queria seu conforto, mas ao mesmo tempo sabe que não aceitaria. Ela não consegue olhar pra ele sem ressentimento, sem culpá-lo por tudo. Era tudo culpa dele afinal.

Um soluço lhe escapa e ela sabe que não é verdade. Era culpa deles, os dois eram culpados. Os dois tinham permitido esse jogo doentio e maluco e agora tinham que lidar com as consequências.

Ela tinha sido estúpida ao pensar que não terminaria mal. Eles estavam brincando com fogo, tornando a vida do outro um inferno e agora tudo ao redor dela eram cinzas. Ela o odiava, ela se odiava e o que era pior, era que depois de tudo; depois das malditas coisas doentias que eles tinham feito ela ainda não conseguia ir embora porque esse era o preço a se pagar.

Ela finalmente afogou e dessa vez ele não iria salvá-la porque ele tinha se afogado junto com ela.

/

"Nããão!"

Ele ouviu o grito dela mas não foi até ela. Ele não podia, não dessa vez, nem tão cedo. Ele estava dormindo no quarto de hóspedes porque ele não podia sequer pensar em olhar pra ela sem sentir nojo dele mesmo e culpá-la pelo que eles tinham se tornado.

Ele fecha os olhos e aquelas imagens mórbidas voltam à sua mente.

Ele entra no quarto e vê o sangue, muito sangue. Na cama, no chão. Ele vê uma trilha que leva ao banheiro e ele corre até lá.

Assim que ele entra, ele fica horrorizado. As pernas dela estão cobertas de sangue e sua camisola também. Ela está sentada no vaso e está chorando.

Ela diz alguma coisa sobre haver muito sangue e dor e ela não consegue parar. Ele não consegue mais olhar pra ela, há essa sensação doentia em seu estômago e o ar deixa seus pulmões. Deus, ele estava se sentindo mal.

Ele abre os olhos e olha para o teto. Ele pode ouvi-la chorando no final do corredor mas não vai até ela, eles estão assim há uma semana. Ele não consegue se obrigar a fazer isso e então ele fica no refúgio dessas quatro paredes.

Lágrimas queimam em seus olhos e ele odeia isso. Ele não era idiota, como eles podem ter chegado a esse ponto? Como ele pôde ser tão ingênuo e achar que não haveria consequências para o que estavam fazendo. Ele não sabia o que fazer agora, tudo o que ele sabia era que ele a odiava e se odiava ainda mais por não ter sido capaz de ir embora depois de tudo isso. Ele quer gritar e culpar o mundo inteiro mas ele é tão culpado quanto ela. Eles começaram isso e agora tinham que lidar com tudo.

Não tinha mais volta, não tinha mais como ele alcançar a superfície agora. Ele se afogou e a única pessoa que podia salvá-lo tinha se afogado junto com ele. Ele quer odiá-la mas ele não consegue porque apesar de tudo, ela é tudo o que ele tem.

Tudo está mais bagunçado do que se possa imaginar e esse é o preço que ele tem que pagar. Afinal, ele faz parte dessa situação maluca desde o começo.

Essa é a última vez que eles destruíram um ao outro porque não há mais nada a ser destruído. O bebê era a salvação deles, mas agora ele se foi e com ele o que restava deles.

O pior tipo de amor para se agarrar é aquele que te destrói. Mesmo sabendo disso e de tudo o que eles fizeram, eles iam superar, porque mesmo que isso os matasse, era tudo o que eles tinham e tudo o que eles conheciam;

É o que eles são.

Fim de jogo.

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3 comentários:

  1. Vou precisar de muito romance chlollie para me recuperar dessa fic... Manu

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  2. EU TÔ SEM PALAVRA!

    PRECISO ME RECUPERAR PARA DEPOIS CONSEGUIR ESCREVER ALGUMA COISA.

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  3. No começo eu pensei que a chloe tivesse matado o olliver!? [ com o tipo de relacionamento que eles estavam levando era de se esperar um final trágico...]

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