19.7.10

Through a Glass, Darkly (5/12)

Resumo: Versão alternativa do episódio Pandora.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
Original
Anterior: Prólogo - Um - Dois - Três - Quatro




Oliver estava na cozinha da Watchtower, involuntariamente tenso ao sentir o vento que anunciava a chegada de Clark. Ele respirou fundo enquanto encarava o outro homem silenciosamente por um longo tempo. Ele estava tenso. Em algum lugar dentro dele, ele culpava Clark profundamente por todo o desastre que aconteceu em sua vida no último ano. Se Clark tivesse aceitado sua sugestão de destruir Davis Bloome, tudo teria sido diferente. Se Clark não tivesse abandonado Chloe, se não tivesse insistido em enfrentar Zod sozinho, os kandorianos não teriam tomado o poder tão rapidamente. Se Clark não tivesse perdido seus poderes por ter sido tão fraco em não enfrentar o Major enquanto podia, sua Chloe ainda estaria viva.

Ele tentava se lembrar que esse Clark não era o Clark do seu mundo, mais do que a Chloe que estava ali em pé era sua Chloe. A diferença é que ele amava e admirava, e faria qualquer coisa - matar ou morrer por Chloe - qualquer versão dela. Clark era outra história. E esse Clark já havia abandonado Chloe no momento que ela mais precisava, e mesmo que ela não fosse sua Chloe, Oliver se ressentia por isso. Seu olhar era intenso para o homem de cabelos escuros.

Pelo que Chloe havia lhe contado, o Oliver que estava ali era diferente do que ele conhecia, mas por alguma razão, Clark não sentia que o olhar desse era diferente do olhar que ele tinha na última vez que haviam se encontrado.

Cumprimentando Chloe com um aceno, ele se virou para Oliver. "Chloe disse que você estava me procurando." Oliver parecia querer ir direto ao assunto e Clark achava melhor assim, ele tinha que proteger Lois, pois ainda não estava convencido que apenas um kandoriano tivesse vindo do futuro atrás dela.

Ele assentiu com a cabeça, olhando brevemente para Chloe e depois para Clark. Bom. Ele não estava a fim de bancar o bonzinho com Clark nesse momento. Ou nunca, pra ser sincero. "Zod está na Terra." Ele disse sem rodeios, relatando imediatamente a mesma história que ele havia contado para Chloe, apenas fornecendo-lhes menos detalhes. "Então precisamos impedí-lo e todos os outros antes que seja tarde demais."

Chloe podia sentir a tensão entre os dois e nessa hora, com poderes ou sem poderes, sabia que se eles entrassem numa briga, Clark é quem sairia gravemente ferido. Oliver certamente usaria a mesma faca com que matou Alia. Ela queria assegurar que os dois mantivessem a calma, mas mesmo assim, decidiu não interferir muito na conversa. "Precisamos evitar que as torres sejam construídas." Ela complementou, quando Oliver terminou sua história.

Não era fácil para Clark processar toda essa informação, mas estava fazendo seu melhor. Oliver sabia o que aconteceria e ele sabia o que teria que impedir, então estava disposto a, pelo menos, ouvir suas sugestões para mudar o futuro. "O que eu posso fazer?"

"Só conheço um jeito de evitar com certeza que esse futuro aconteça", ele falou sem hesitar. Olhou diretamente para Clark, sem conseguir olhar para Chloe. Não queria ver sua reação ao ouvir aquilo. Não queria ver o choque, ou o horror em seus olhos.

"E que jeito é esse?", Clark foi direto, para não perder tempo.

"Eles têm que morrer, Clark."

Enquanto Chloe arregalava os olhos com essas palavras, ela não falou nada. Seu estômago deu um nó porque ela sabia que essa solução não agradava Clark. Sabia que Clark não concordaria com esse plano.

"Oliver você falou em milhares de kandorianos." Porque ele não podia acreditar que Oliver estava lhe sugerindo matar todos eles. Ele não queria Zod por perto mais do que Oliver, da última vez ele havia chegado perto demais, mas matar milhares de pessoas? Isso era completamente diferente.

Ele assentiu levemente, mantendo os olhos em Clark. "Eu sei. Mas alguns são mais importantes que os outros. São figuras-chave. Se tomarmos conta deles..." Ele parou, pensando em Tess Mercer momentaneamente, mas sem mencioná-la. "...incluindo Zod, os outros vão desistir." Porque foi o que aconteceu com os humanos, a não ser pelos grupos de resistência que Chloe conseguiu formar pelo planeta. "E se não desistirem, podemos tomar conta deles depois." Sua voz era tranquila, determinada.

Ele não gostava dessa ideia, mas pelo que ele ouviu sobre o futuro, não havia outra melhor. "Quantos?"

"Zod. Alia. Faora." Ele falou mais alguns nomes, vinte no total, deixando Tess fora da lista.

"Podemos mandá-los para a Zona Fantasma." Clark sugeriu, mas era mais que uma sugestão. Ele não estava disposto a matar.

"Não", Oliver disse categoricamente, sem hesitar antes de responder. "Eles podem fugir facilmente. Se você conseguir mandá-los pra lá, pra começar." Sua voz era dura.

Nesse momento, Chloe interferiu concordando. "Pessoas já fugiram de lá antes, Clark, você fugiu. E cada vez que o portal é aberto, não dá pra saber o que pode escapar de lá."

Clark franziu a testa, olhando para Chloe pela primeira vez desde o início da conversa com Oliver. "Não somos assassinos, Chloe."

"Você está disposto a arriscar toda a humanidade para manter algumas máquinas assassinas vivas?" Ele deu um passo à frente, balançando a cabeça, a indignação era clara em seu rosto. "Porque é isso que eles são, Clark, quer saber o que eles fizeram com sua prima quando a encontraram?"

Seu rosto ficou tenso enquanto olhava para Oliver, sem falar nada, ele não queria ouvir, mas se isso o ajudasse a encontrar Kara, talvez devesse ouvir.

"Eles a partiram ao meio", ele disse bruscamente. "Literalmente. O Major a usou como exemplo. Que é exatamente o que eles iriam fazer com você e Lois se não tivéssemos impedido." E ele acenou para Chloe sem olhar pra ela.

"E quer que façamos o mesmo com eles?" Clark exigiu. "Como isso nos torna diferentes deles? Você quer matá-los porque eles mataram humanos."

"Não, Clark. Eu quero matá-los antes que eles tenham a chance de matar a maioria da população da Terra e escravizar o resto."

Chloe deu um passo à frente e balançou a cabeça, segurando o braço de Oliver. "Calma", ela falou antes de se virar para Clark. "Os dois."

Respirando fundo, ela assentiu com a cabeça, sem se dirigir a nenhum dos dois especificamente. "Oliver sabe o que aconteceu, Clark, você tem que ouví-lo e aqueles kandorianos, eles não são humanos, são clones, já lidamos com clones antes, e você sabe o quanto eles podem ser danificados, se não quisermos que um clone de Zod domine a Terra, temos que ouvir Oliver e fazer o que pudermos para pará-lo." Porque ela viu o horror nos olhos de Oliver enquanto ele falava do futuro e não queria que tudo acontecesse daquele jeito.

Clark olhou pra ela incrédulo. "Chloe, ouça o que você está falando. Você não pode considerar assassinato à sangue frio como opção. Não é o que eu sou. Não é o que você é."

Os olhos de Oliver escureceram. "É o que ela vai se tornar se você não tomar uma atitude e fizer o que precisa ser feito." Ele disse friamente, os olhos extremamente sérios. "Mas enquanto suas mãos continuarem limpas, acho que nada mais importa não é, Clark?"

Seus olhos se estreitaram. "Esta é minha casa, e estou aqui para protegê-la. Mas eu vou encontrar uma solução que não envolva matar pessoas." Seu olhar voltou para Chloe mais uma vez. "A Zona Fantasma pode funcionar, Chloe."

"É muito arriscado, Clark", ela falou o mais calma que conseguiu, quase implorando, dando um passo a frente, se posicionando de frente para seu melhor amigo. "Pense na última vez que enfrentamos Zod, se ele pôr as mãos em uma tecnologia como Braniac novamente, não teremos chance, precisamos fazer alguma coisa antes que eles nos parem."

"Não posso, Chloe." Ele respondeu se afastando dela. "Diferente de algumas pessoas nesta sala, eu não sou um assassino."

Oliver deu um sorriso afetado, seus olhos escuros. "Se você não tivesse nos abandonado, pra começar, ninguém teria morrido. Independente de você matar ou alguém fazer isso por você, porque você não tem coragem, o sangue continua nas suas mãos."

"Oliver", ela falou olhando pra ele e se virando para Clark. "Por que você não vai até a fortaleza, e tenta descobrir se existe algum jeito de desfazer o cristal e se livrar dos clones, e se não houver, voltamos a falar sobre o plano de Oliver."

Ela sabia que Oliver achava isso uma perda de tempo, mas precisava fazer Clark perceber que era o único jeito, porque acreditava em Oliver quando ele dizia que era o único jeito.

Clark olhou para Oliver por um longo momento e se voltou para Chloe, a fortaleza, talvez tivesse as respostas que ele precisava para provar ao outro homem que não havia a necessidade de matar ninguém. Com um aceno de cabeça pra Chloe, ele desapareceu.

Balançando a cabeça com desgosto, Oliver estava irritado e passou a mão pelo cabelo, frustrado. "Meu equipamento está aqui?" Ele perguntou sem olhar pra ela.

"Sim", ela respondeu, ainda olhando em direção à porta. "Eu fui até a Torre do Relógio depois que você sumiu e peguei, não sabia se algum empregado seu iria até lá e acabar encontrando."

Ele concordou indo em direção ao lugar onde instintivamente sabia que estaria, com clara determinação. Com absoluta convicção ele digitou o código em uma pequena caixa do lado de fora do painel secreto, e observou-o se abrir, pegando seu arco e a aljava.

Tudo o que ela conseguiu fazer foi observá-lo por um momento, incrédula quando o código funcionou. "Acho que preciso ser mais criativa com as senhas." Era pra ser uma piada, mas sua voz não estava carregada de muito humor.

"A senha está ótima para quem ainda não a conhece." Ele respondeu, colocando a aljava nas costas e olhando pra ela.

Apertando os lábios, ela olhou pra ele. "Você não pode ir atrás dele sozinho, ainda está fraco."

Ele encolheu os ombros, encontrando os olhos dela. "Não posso perder tempo."

"Não", ela insistiu e por um segundo, ficou parada olhando pra ele, enquanto começava a ter uma ideia. "Nós precisamos de... você."

Ele ficou imóvel por conta do olhar no rosto dela. Ele conhecia aquele olhar. Era o olhar de quando seu cérebro estava trabalhando, formulando o próximo plano. Era o olhar que o fascinava cada vez mais ao longo dos últimos dez meses porque sua astúcia e inteligência nunca deixavam de surpreendê-lo. "Como assim?", ele perguntou.

"O você atual." Ela falou, tentando fazer sentido. "Já faz algum tempo que não tenho notícias dele, mas você saberia onde ele está, se conseguirmos encontrá-lo, ele pode ajudar, talvez não me dê ouvidos, mas ele ouviria você."

Suas sobrancelhas franziram um pouco ao ouvir. "Chloe, não tenho certeza se..." Ele ficou em silêncio por um momento. "Não sei o que aconteceria se eu me encontrasse com o seu Oliver. Existe uma teoria que se você encontra você mesmo em outra época, os dois morrem."

Ela franziu a testa lentamente e concordou com ele, depois balançou a cabeça. "Mas ele não é exatamente você, ele é uma versão diferente de você", outra pausa para pensar e ela teve uma ideia melhor. "Eu posso falar com ele, vocês não precisam se encontrar fisicamente."

"O que você vai dizer pra ele?", ele perguntou, ainda incerto sobre a ideia.

"A verdade", ela respondeu, "Gradualmente, mas eventualmente, só dizer a verdade."

Depois de um segundo de hesitação, ela franziu a testa. "Você acha que pode funcionar?"

"Talvez", ele murmurou, pensativo. Depois fitou o chão. "Mas nesse momento não tenho certeza se ele está pronto pra lidar com outras coisas além dos seus próprios tormentos." Havia uma ponta de vergonha em sua voz. Ele sabia exatamente o que sua versão mais jovem estava fazendo, e não era nada de bom. Mas era assim que ele sempre lidava com a culpa. Afastava todo mundo, e descia até o fundo do poço. Antes de Chloe e os outros o encontrarem e resgatarem dos kandorianos, era exatamente o que ele estava fazendo. E quase conseguiu ser morto.

"Então você tem que me ajudar a chegar até ele e ajudá-lo antes de começarmos a agir." Ela falou com tranquilidade se aproximando dele, se alguém sabia como convencer Oliver, era ele mesmo.

Era difícil pensar claramente com ela tão perto dele. Por um momento, ele só conseguiu olhar pra ela. "Eu te ajudo a chegar até ele, mas não para isso." Ele murmurou, procurando os olhos dela.

"O que você quer dizer?"

"Ele não está pronto pra isso, Chloe." Ele deu um sorriso triste. "Não tenho certeza que nem nód dois juntos consigamos trazê-lo de volta pra realidade agora."

Ela desanimou por um segundo e tentou se recompôr. "Onde ele está?" Ela não tinha ideia do que estaria acontecendo com Oliver, mas pelo que sua versão mais velha estava falando, não era nada bom.

"Ou lutando numa jaula, ou bebendo até perder a consciência." Ele respondeu. "Possivelmente os dois."

"Por quê?"

Lhe ocorreu que seu eu mais jovem a mantinha a distância, do mesmo jeito que ele - a diferença é que ele sabia o motivo. Ele suspirou devagar. "Culpa na maior parte. Arrependimento." Ele fitou o chão. "E uma boa dose de ódio."

Com um suave suspiro, ela balançou a cabeça e desviou o olhar. "Por causa do Jimmy." Era a única coisa que fazia sentido.

Ele respirou fundo e expirou lentamente. "Por causa do Jimmy... e Lex", admitiu.

Ela franziu um pouco a testa. "Então você precisa me ajudar a encontrá-lo, eu tenho procurado em todos os lugares mas ele só está usando dinheiro e não consigo rastreá-lo."

Oliver assentiu. "É, eu - ele..." Ele balançou um pouco a cabeça. "Não queremos ser encontrados."

"Eu imaginei." Ela lhe deu um sorriso triste e encolheu os ombros. "Mas ele não tem mais essa opção."

Um sorriso torto surgiu em seus lábios, àquelas palavras, e ele fitou-a intensamente.

Erguendo as sobrancelhas, ela olhou pra ele por um segundo, inclinando a cabeça de lado, não era fácil acostumar-se a vê-lo lhe olhando desse jeito, como se estivesse tentando ler sua mente. "O quê?"

Ele abaixou a cabeça, percebendo que a estava encarando. "Por um minuto..." Ele parou e voltou a olhar pra ela. "Você falou do mesmo jeito que ela. Tão determinada." Sua voz era calma.

Chloe olhou pra ele e suspirou levemente. "Sinto muito que as coisas tenham acontecido do jeito que aconteceram."

Oliver voltou a olhar para o chão, ainda segurando o arco. "Eu também", murmurou. "Mas aconteceu por uma razão. Aconteceu para que eu pudesse evitar que acontecesse."

"Nós vamos evitar" Ela falou abaixando a cabeça, procurando os olhos dele.

Os olhos dele se suavizaram. "Nós", repetiu. "Só nós dois." Ele fechou os olhos.

O rosto de Chloe se suavizou quando viu a expressão no rosto dele, e se aproximou. Não sabia do que ele estava falando, mas queria confortá-lo. "Vamos encontrar o outro você e te ajudar a lutar contra Zod, mesmo que Clark não concorde, vamos encontrar um jeito."

"Lutar contra Zod não será difícil, ele não tem poderes. O que significa que ele está vulnerável e é mortal como qualquer um de nós." Ele abriu os olhos e olhou pra ela. "Assim como os outros kandorianos." Ele prendeu a respiração. E Tess. "Chloe, tem uma coisa que eu preciso fazer. E deve ser a pior coisa que eu já fiz. E se eu fizer, você não pode..." Ele suspirou balançando a cabeça. "Nunca deixe o outro eu saber o que eu fiz, se puder."

Isso a assustou. Ela não podia imaginar as coisas pelas quais ele havia passado, mas sabia que não foram exatamente um passeio no parque. Mas se isso, seja lá o que fosse, era a pior coisa que ele podia imaginar, realmente a assustou. "O que é?"

"Tess Mercer", ele sussurrou, com a expressão arrasada.

"O que tem Tess?" Ela perguntou, confusa.

Oliver ficou em silêncio por um momento. "Ela está ajudando Zod. É ela quem fornece os recursos para a construção das torres."

Ela não esperava por essa, mesmo não gostando ou confiando nela, não conseguia entender como ela acabaria envolvida com Zod, pra começar. "Como isso acontece?"

"Era ela quem possuía o cristal", ele falou baixinho, sem olhar pra ela. "Ela não sabia o que estava fazendo quando o ativou. Pelo menos, eu espero que não. Mas as torres não seriam construídas sem a ajuda dela. Ela era a única humana em quem Zod confiava. A única humana que ele considerava como igual." Ele ficou em silêncio, sabendo que ela seria capaz de tirar o resto das conclusões a partir daí.

"Então precisamos impedi-la." Ela falou, olhando para longe e depois para ele.

"Sim... Eu não mencionei essa parte para o Clark intencionalmente."

Ela recuperava o fôlego enquanto se sentava no sofá. "Mas ela é humana." E mesmo parecendo que Tess era culpada por tudo o que aconteceria, não mudava nada, ainda estariam tirando uma vida humana.

"Eu sei." Oliver ficou olhando para o chão. Era algo que ele não queria ter que fazer. Apesar de tudo que ela havia feito, da dor e sofrimento que havia causado, mesmo que não intencionalmente - e ele realmente esperava que não tivesse sido intencional, pelo menos o fato de ter começado tudo, ele não conseguia odiá-la. Ele passou uma mão pelo rosto cansado, seus ombros caindo um pouco. Mas era um mal necessário. Sua Chloe havia lhe falado isso tantas vezes. Mesmo não tendo sido capaz de matar Tess ele mesmo, ela teve força suficiente pra fazer. E agora a vida desta Chloe dependia de sua capacidade de fazer a mesma escolha. Tomar essa difícil decisão. Não podia desapontá-la.

Chloe o observou, sabia que ele e Tess tinham uma história juntos e tomar a decisão de matá-la, mostrava que sem dúvida ele tinha uma razão muito forte por trás, mas ela queria ter certeza de que essa era mesmo a única opção. "Imagino que você tenha tentado conversar com ela."

"Uma vez que Mercy coloca uma coisa na cabeça, não tem conversa com ela. Ela acha que está fazendo o que é certo."

"Mas se impedirmos Zod e os outros, ela não terá ninguém pra seguir." Ela não queria que ele fizesse isso se havia outra solução.

"Existem milhares deles", ele murmurou. "Quem garante que ela não vai trabalhar com um dos outros." Ele fechou os olhos.

Chloe assentiu e encostou no sofá, respirando fundo e olhando pra ele. "Então faremos o que for preciso."

"Preciso que deixe isso por minha conta", ele falou suavemente, sem olhar pra ela. Não queria que ela tivesse sangue em sua mãos quando tudo tivesse acabado. Queria que ela tivesse a consciência limpa. Algo que ele jamais teria, mas ele queria consertar todos os erros que pudesse.

"Enquanto esse momento não chega, vamos tentar encontrar outra solução." Porque ela estava determinada a ajudá-lo de qualquer jeito que fosse possível, era estranho mas ao mesmo tempo se sentia responsável por ele, como se tivesse que continuar de onde a outra parou.

O tom tranquilizador em sua voz era tão familiar, ele não podia deixar de se sentir confortado. Ele concordou e virou a cabeça pra ela. "Acho melhor eu dar uma volta por aí, ver o que consigo descobrir. Até onde eles já foram, quantos deles estão por aí."

"Tem certeza? Quer dizer, você ainda está ferido." Ela não queria lhe dar ordens, mas não gostava da ideia dele lá fora nessas condições. "Além disso, precisamos encontrar o outro você."

"Uma coisa de cada vez", ele falou suavemente. "E uma é mais importante que a outra."

"Quando você voltar, então." Ela concordou.

Ele assentiu com a cabeça, lhe dando um pequeno sorriso enquanto se encaminhava para o elevador.

Quando ele saiu, ela se levantou. Enquanto ele estava fora, ela tentaria descobrir tudo o que pudesse do seu jeito, invadir os computadores da Luthorcorp e se conseguisse, a própria rede da Mansão dos Luthor, sem dúvida haveria alguma coisa ali e ela queria facilitar ao máximo as coisas para Oliver.

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