12.7.10

Moving Targets 2.3 - Rising Tension

1.02LinkLink

TítuloTensão Crescente
Resumo: Quando um informante misterioso parece saber demais sobre os membros da Liga da Justiça, bem como sobre seu inimigo não identificado, fica mais difícil saber em quem confiar, mas com a crescente tensão entre certos membros da equipe, a tarefa pode parecer quase impossível.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R

História anterior: Empty Spaces

Rising Tension: Trailer - Um - Dois - Três



Capítulo 2 - Rising Tension
(Parte 3 de 3)


Jatinho Queen - 18 de setembro de 2010

O estômago de Oliver roncava de fome quando ele tomou seu assento no jatinho, desejando ter comido mais pela manhã. Quando chegaram ao hotel, não quiseram perder tempo com nada, a não ser fazer as malas e fechar a conta. Era óbvio que não estavam seguros. Ele apertou o cinto quando o piloto anunciava que estariam decolando dentro de alguns minutos, deu um olhada para Chloe, o laptop já aberto em sua frente.

Ela também apertou o cinto. Também estava com fome, mas mais do que isso, estava exausta e dolorida. Não havia dormido mais do que dez horas juntando as últimas três noites, só o café ajudava. Todo o esforço usado na fuga sugou o resto de sua energia. Mas não queria dormir agora. Eles tinham alguma informação pelo menos, quem quer que fossem, conheciam a fraqueza de Clark e isso limitava muito os suspeitos. 'Procure mais perto de casa', foi o que o misterioso informante lhe avisou. Tinha que ser alguém que soubesse sobre a chuva de meteoros, assim, provavelmente casa significava Kansas. Chloe respirou fundo e se recostou no assento, franzindo a testa quando seu telefone vibrou. Nova mensagem. Ela pegou o telefone e gelou, o estômago começou a sumir. "São eles", falou assustada.

Oliver ficou apreensivo. "O que é que diz?"

Ela apertou os lábios e estendeu o telefone pra ele. "Tenha mais cuidado. Ele está se aproximando."

Seus dedos se tocaram quando ele pegou o telefone dela, pra ler a mensagem. "Ele", murmurou, erguendo as sobrancelhas. "Considerando que essa fonte anônima é confiável, isso reduz nossos suspeitos a todos os homens do planeta."

"Todos os homens do planeta que sabem sobre o Clark", ela o corrigiu, afastando a mão. "Isso diminui ainda mais os suspeitos."

"Pode ser muita gente", ele falou, olhando pra ela enquanto soltava o telefone. "Considerando as pequenas 'viagens' que ele fez com a kriptonita vermelha ao lado de Zod, onde ele não foi exatamente discreto", ele suspirou, passando a mão no rosto. "E não dá pra saber quem mais descobriu sobre ele nesse caso."

"Não, mas o fato de alguém saber sobre os poderes, não significa que saiba também sobre a fraqueza dele", ela frisou, olhando para o telefone que bipou de novo. Ela leu a mensagem e olhou pra Oliver. "Diz: Ele está de volta, Senhorita Sullivan."

Oliver franziu a testa. "Quem está de volta?", balançou a cabeça confuso. "Clark?"

"Não sei", ela tentou mandar uma mensagem de volta perguntando quem estava de volta, mas a mensagem não pôde ser enviada. "Não consigo mandar uma mensagem, o número está bloqueado para receber ligações."

Ele esfregou a mão na nuca. "Claro que está. Senão seria muito fácil", ele franziu a testa, querendo levantar e andar um pouco, mas como estavam decolando, não podia. "Então temos uma fonte anônima que está nos dando informações que podem ou não ser verdadeiras e não quer que saibamos quem são ou como sabem disso. Querem nos ajudar, mas só se for do jeito deles."

"Considerando que eles realmente queiram nos ajudar, e não apenas ganhar nossa confiança pra nos levar pra outra armadilha", ela falou desanimada. "Acho melhor voltarmos pra Metrópolis."

Oliver fez uma careta involuntária, olhando pela janela do avião. Metrópolis era o último lugar do planeta onde ele queria estar, mas não falou nada. "Ok. Você está certa."

Chloe respirou fundo. "Um homem, de Kansas que conhece o segredo de Clark e foi embora?" Ela balançou a cabeça tentando pensar.

Ele também tentava encontrar uma resposta. "Bem, outro homem além de mim e do resto da equipe, você me pegou."

Ela balançou um pouco a cabeça. "Todas as outras possibilidades são impossíveis."

Ele analisou as palavras dela por um momento. "Que outras possibilidades?"

Chloe pensou um pouco. "Lionel, Lex, Dr. Swan, Edward Teague..."

"Ele está de volta", ele murmurou, pensando nas possibilidades.

"Os quatro estão mortos", ela falou, olhando pra ele.

Oliver a encarou. "Exceto que sabemos como as pessoas tendem a voltar da morte."

Chloe prendeu a respiração, seu estômago revirando. Até onde ela sabia Lionel e Dr. Swan queriam proteger Clark, Teague aparentemente seguiu um caminho de rituais de sacrifício e não a conhecia bem o suficiente. Só um dos quatro homens preenchia todos os requisitos. E ele já havia voltado dos mortos mais de uma vez.

"Lex"

***

Aeroporto de Metrópolis - 19 de setembro de 2010

Oliver estava feliz em sair do avião e respirar um pouco de ar puro. A possibilidade de Lex Luthor estar de alguma forma vivo - se sempre esteve ou se está vivo de novo - era mais do que preocupante. Mas se alguém era capaz de fazer uma coisa dessas, era Lex. Ele passou a mão pelo cabelo, franzindo a testa ao observar o céu, parecia que estava anunciando acontecimentos ruins. Ele instintivamente estendeu a mão para ajudar Chloe a descer do avião.

O vento em Metrópolis estava insano e Chloe estava aliviada por terem conseguido pousar em segurança, parecia que uma tempestade estava chegando e ela segurou a mão de Oliver sem nem pensar. "Vamos direto para a Watchtower", ela falou pra ele, respirando fundo.

Ele queria não ter ouvido isso. O último lugar do planeta em que ele realmente queria estar era a Watchtower. "Certo, tudo bem." Ele prendeu a respiração, fazendo careta de novo quando começou a chover. E não era uma chuvinha - era uma tempestade que machucava quando atingia a pele.

Ela estremeceu quando a chuva começou a cair sobre eles, em segundos, já estava encharcada. Olhou para Oliver um momento e correu em direção ao carro onde estavam as bagagens deles.

Oliver deslizou pra dentro do carro logo depois dela, chacoalhando a cabeça e jogando gotas de água pra todo lado. "Clima adorável", ele resmungou.

Chloe fechou os olhos enquanto era atingida pelas gotas de água do cabelo dele. "Bem-vindo ao Kansas."

"Ótimo. Já podemos ir embora?" ele ironizou.

"Você pode", ela respondeu, erguendo as sobrancelhas e olhando de volta pra ele.

"Isso é tentador. A Califórnia não tem esse clima maluco."

Chloe suspirou e revirou os olhos. "Não, a Califórnia é tão perfeita com seus terremotos. Nunca chove lá."

"É sério?" Ele virou a cabeça pra ela, o olhar intenso. "Você está deliberadamente tentando começar outra briga comigo?"

"Eu não estou tentando fazer nada, mas se você não quer que eu fale mal do seu estado, eu sugiro que pare de fazer a mesmo com o meu." Ela respondeu com firmeza, mantendo o olhar e tensionando o queixo. Tudo aquilo era infantil e ridículo e ela sabia, mas não sabia o que ele tinha ultimamente, tudo o que ele fazia deixava ela nervosa.

Ele tensionou o queixo também. "Ótimo. Quer saber? Vamos não conversar mais. Que tal?" Ele revirou os olhos e se inclinou pra frente, batendo de leve no vidro que os separava do motorista. Entregou o endereço da Watchtower, fechou o vidro e encostou no banco, olhando pela janela.

Ela continou olhando pra ele, com o peito apertado. "Pra mim está ótimo." Ela falou e imediatamente se virou para sua janela.

Ele não respondeu e não ficou nem um pouco animado quando a limusine parou do lado de fora do familiar prédio, saiu do carro sem dizer uma palavra, indo direto para a entrada sem nem olhar pra Chloe.

Chloe não olhou pra ele enquanto saía do carro, agradeceu ao motorista e pegou sua bagagem. Pelo menos estava de volta para um lugar onde ela não dependia dele para nada. Ela puxou sua bagagem para dentro do prédio e evitou olhar pra ele dentro do elevador. Assim que as portas se abriram, ela não perdeu tempo e se dirigiu para a porta principal da Watchtower.

Ele a seguiu, mas manteve distância, em silêncio, sem expressar nenhuma emoção. Imediatamente ele foi para a cozinha e abriu a geladeira, pegando uma garrafa de água e tomando um longo gole.

Ela ficou imóvel quando entrou, e respirou fundo. Ela havia saído de lá há alguns meses e voltar para a Watchtower deveria trazer a sensação de voltar pra casa, mas não foi o que ela sentiu. As únicas memórias eram as do último ano, o tempo em que esteve sozinha e o curto período em que não esteve, quando tinha Oliver. E agora ela estava destruindo tudo o que sobrou da amizade deles e nem sabia porque.

Chloe respirou fundo e quando sentiu as lágrimas andou mais rápido em direção às escadas. Estava pingando por causa da chuva, e ele também, mas não ia oferecer o banheiro pra ele. Não queria que ele a visse daquele jeito. As lágrimas já estavam correndo pelo rosto no momento em que entrou no banheiro e na pressa de fechar a porta acabou batendo.

Oliver estremeceu quando ouviu a porta bater, fechando os olhos e expirando bem devagar, os ombros caindo em derrota. Ele tentou ser legal com ela e isso funcionou por um tempo, quando se aproximaram mais ela o afastou. Agora parecia que ela queria que ele desaparecesse e a deixasse sozinha. Ele passou a mão pelo cabelo molhado, encostou no balcão e fixou o olhar na parede.

"Isto está indo muito bem", murmurou.

***

Local não revelado - 18 de setembro de 2010

Lex estava de frente para uma tela. Um sorriso em seus lábios finos, enquanto a cena se desenrolava.

"Que diabos você falou pra eles?"

"Que estávamos procurando um lugar pra transar."

Lex deu uma risada e mexeu a cabeça. "Oliver, Oliver, parece que você não mudou nada." Ele assistiu e depois mudou para as câmeras que estavam no furgão, vazio no começo e depois com Chloe e Oliver sendo jogados lá dentro.

"Não era quem esperávamos, não é querida?" Ele suspirou e tomou um gole de seu uísque, erguendo uma sobrancelha quando Oliver e Chloe começaram a discutir. "Mas é bem divertido."

Ele riu de novo ao ver a rivalidade dos dois aumentando e Oliver mencionar Clark. "Definitivamente divertido." Ele olhou para a mulher a seu lado, e depois de volta para a tela. "Aparentemente há problemas no paraíso." Ele tomou mais um gole de sua bebida, encostando confortavelmente no sofá de couro em que estava sentado.

Inclinando um pouco a cabeça para o lado, ele assistiu Chloe se libertando. "A senhorita Sullivan continua tão engenhosa como era nos tempos de escola. É melhor eu lembrar disso." Ele estendeu a mão para acariciar a coxa da mulher, sorrindo. "É bom rever nossos velhos amigos, não é mesmo?"

Mas Lex não esperou por uma resposta, sabia que não teria uma. Ao invés disso, tirou a mão da perna da mulher e posicionou o comunicador no ouvido, falando em alemão fluente, enquanto respondia aos guardas que estavam no furgão via rádio, assim que terminou e Chloe e Oliver conseguiram fugir, Lex terminou sua bebida e colocou o copo vazio e o comunicador em cima da mesa de café. Ele se virou para a mulher e sorriu, arrumando alguns fios do cabelo dela atrás da orelha antes de se inclinar. "Eu mandei os guardas deixá-los ir. Acho que esse seria um ótimo trabalho pra você."

Ele recuou um pouco e segurou o queixo dela, virando seu rosto para ele, seus narizes quase se tocando. "Você me trará Oliver, Chloe e todos os membros da equipe ridícula que eles têm." Ele apertou a mão no queixo dela e roçou seus lábios nos dela. "E se você não trouxer, bem, minha querida, você sabe o que acontece se você não trouxer." Seu sorriso se abriu ainda mais e ele a encarou com seus olhos frios.


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